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Bruno Hoffmann

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Vereador lamenta concessão de cemitérios de SP: 'A quem interessa?'

De Olho no Poder: Os fatos da política de São Paulo na visão do jornalista Bruno Hoffmann

13/01/2023 às 12:15  atualizado em 13/01/2023 às 12:39

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Vista aérea do cemitério da Consolação

Vista aérea do cemitério da Consolação | Marcelo D. Sants/FramePhoto/Folhapress

Nesta semana começou a transição do comando dos cemitérios municipais de São Paulo para a iniciativa privada. Os quatro consórcios vencedores passaram a ser responsáveis pela operação dos 22 cemitérios e pelo crematório da Vila Alpina. A medida é alvo de uma polêmica que dura anos na Capital. A oposição garante que a gestão municipal “abandonou” os serviços funerários para dar argumentos para a necessidade da concessão. O Ministério Público até abriu inquérito no ano passado para investigar uma possível omissão do poder público em relação a roubos, furtos e vandalismos desses locais. “A prefeitura largou às traças os cemitérios municipais, fez concurso público e não nomeou os aprovados, gerando o caos no atendimento”, disse, à coluna, o vereador Celso Giannazi (PSOL). Segundo ele, a partir de agora os preços dos serviços tendem a aumentar para garantir o lucro das empresas, mas o serviço não vai melhorar. “Ou seja, a população perde duas vezes, e ainda em um momento de muita dor e sofrimento. A quem interessa isso?”, questionou o vereador.

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Porto de Santos

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana, e tentou convencer o petista a aceitar a privatização do Porto de Santos. Segundo relatos, Lula afirmou não ter dogma em relação ao tema, o que animou o governador. Tarcísio conduziu como ministro da Infraestrutura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o projeto da concessão do Porto de Santos, e afirmou que aceita rever pontos para chegar a um consenso com o governo federal.

Autoridade Portuária

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O governo Lula é a favor do aumento do investimento privado sobre o maior porto da América Latina, porém sem a concessão da Autoridade Portuária, a estatal que administra o porto. "A autoridade portuária vai continuar estatal. O que a gente faz é concessão de áreas dentro do porto, de terminais privados", disse Márcio França (PSB), ministro de Portos e Aeroportos, ainda antes de assumir o cargo.

'Viva a democracia'

O encontro civilizado entre o bolsonarista Tarcísio e o petista Lula, aliás, gerou elogios entre lideranças políticas de São Paulo, após uma semana de tentativa de golpe de estado em Brasília. “Viva a política, viva a democracia e viva um futuro de respeito entre antagonistas”, escreveu, por exemplo, o deputado estadual Thiago Auricchio (PL), ao postar a imagem do cumprimento entre o governador e o presidente.

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Uber Moto

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse ser “muito difícil” que a Uber Moto seja liberada em São Paulo. “A grande preocupação é com a segurança das pessoas”, explicou, em entrevista à “Rádio Eldorado”. Na semana passada, a empresa anunciou o início do serviço de mototáxi na Capital, sem avisar o poder público, e a prefeitura proibiu a atividade no mesmo dia por falta de regulamentação. A vereadora Luana Alves (PSOL) disse à coluna que a Uber foi "bastante desrespeitosa" por tomar a ação sem comunicar a gestão municipal.

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