O senador Giordano esteve no evento de refiliação de Marta Suplicy ao PT na última sexta-feira (2), apesar de ser do MDB, mesmo partido do prefeito Ricardo Nunes, principal adversário neste momento do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) na disputa para a Prefeitura de São Paulo. Marta voltou à legenda para ser lançada como vice do psolista nas eleições municipais deste ano.

À coluna, Giordano exaltou, na chegada ao ato, a popularidade que a ex-prefeita mantém em bairros da periferia da Capital.

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“A expectativa é só de soma. A Marta é muito querida na periferia, é uma mulher guerreira, já teve uma experiência muito grande como prefeita de São Paulo. A volta dela para o PT é a volta para a casa dela”, disse.

Ele respondeu ainda que o apoio público dele a Boulos não causa constrangimento dento da sigla: “O MDB é um partido democrático”.

A tendência é que o senador seja coordenador da campanha do pré-candidato na zona norte da Capital. “Os dois estão juntos na pré-campanha”, confirmou um assessor do senador à coluna, em janeiro. 

Em entrevista ao podcast Política Real, em maio de 2023, Giordano disse que decidiu se afastar de Nunes após ser ironizado pelo atual prefeito. Segundo o parlamentar, Nunes disse "quem é Giordano?" ao ser questionado a respeito da intenção do senador de também tentar se candidatar em 2024.

"Liguei para o Boulos, 'tudo bem deputado? Aqui é o senador Giordano, por São Paulo', 'pô, Giordano, vamos falar, vamos jantar hoje?', 'vamos'. Jantamos, a madrugada juntos batendo papo, e eu fui convencido por mim mesmo, pelos meus ideais políticos, que o Boulos será o melhor prefeito de São Paulo. Estou na campanha do Boulos", disse Giordano.

Giordano era suplente de Major Olimpio, senador morto pela Covid-19 em março de 2021, e foi convidado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) a entrar no partido.  Seu mandato segue até o fim de 2027.