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Bruno Hoffmann

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Saída de Youssef expõe diferenças entre Covas e Nunes

De Olho no Poder: os fatos da política de São Paulo na visão do jornalista Bruno Hoffmann

27/08/2021 às 12:19

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Alê Youssef é empresário da cultura e ex-secretário de Cultura de SP

Alê Youssef é empresário da cultura e ex-secretário de Cultura de SP | Keiny Andrade/Folhapress

Considerado o nome mais à esquerda do primeiro escalão do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), Alê Youssef pediu demissão como secretário municipal da Cultura na última quarta-feira (25) por “explícitas diferenças” com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Na saída, Youssef disse que a atual gestão municipal tem “dificuldade na compreensão do caráter libertário, transformador e independente da cultura”, e exaltou Covas, morto em maio deste ano por complicações de um câncer. Apesar de Nunes ter dito que manterá “uma gestão Covas até 2024”, pessoas próximas à prefeitura entendem que ele deve mudar ainda mais o estilo da administração após a votação do Plano Diretor, que deve ocorrer até o fim deste ano. “Há uma pressão do MDB por mais espaço”, explicou um assessor a esta coluna.

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Nova secretária

A nova secretária de Cultura de São Paulo é a gestora cultural Aline Torres (MDB), pesquisadora de questões raciais e ativista do movimento negro. Ela ocupava o cargo de secretária adjunta de Inovação e Tecnologia.

Estátua de Covas

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Os vereadores de São Paulo aprovaram nesta quarta-feira, em segunda e definitiva votação, o projeto de lei que rebatiza o Parque Augusta para Parque Augusta-Prefeito Bruno Covas. De acordo com Fernando Alfredo, presidente do diretório municipal do PSDB de São Paulo, a área verde na região central da Capital ainda deverá ter uma estátua de Covas em tamanho natural. "A ideia, inclusive, é que tenha uma estátua em tamanho real do Bruno dentro do parque", revelou ele à coluna. Contatada sobre se de fato haverá uma estátua em alusão ao ex-prefeito no local, a Prefeitura de São Paulo não respondeu à questão.

‘Atentado contra a educação’

O governo João Doria (PSDB) remanejou R$ 50 milhões da secretaria estadual de Educação para ações de publicidade institucional da pasta. Os valores originalmente estavam vinculados ao auxílio transporte e a programas de desenvolvimento dos ensinos fundamental e médio. "Acionamos o Tribunal de Contas e o Ministério Público. Não pode desviar dinheiro da educação para publicidade. Isso é um absurdo, é um atentado contra a educação do Estado”, disse o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL).

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Outro lado

Em nota, o Governo de São Paulo afirma que a medida foi tomada de forma transparente e que os recursos serão usados em campanha para incentivar os alunos a continuarem o ciclo estudantil, entre outras finalidades. “Houve redução de 45% nos gastos de transporte escolar no primeiro semestre, por isso foi realizado o remanejamento para outras ações da área”, diz a gestão estadual.

Obras atrasadas

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Após denúncia do deputado estadual Danilo Balas (PSL), o Ministério Público do Estado de São Paulo abriu inquérito civil para investigar as razões por que uma escola estadual prometida para ser entregue em 2019 na cidade de Itaberá, no interior paulista, está longe de ser finalizada. O parlamentar afirma que constatou pessoalmente haver mais de 70 obras de responsabilidade da gestão Doria paralisadas pelo Interior. “Isso é um absurdo, um retrocesso e muito dinheiro público jogado no lixo”, afirmou.

De Fleury para Tito

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a alteração do nome da rua Doutor Sérgio Fleury, na Vila Leopoldina, para rua Frei Tito. “Frei Tito é prova de que o regime ditatorial [1964-1985] não só existiu como a tortura cometida naquele período o levou ao suicídio. É uma reparação histórica que seu nome substitua o do delegado Fleury, um dos seus principais torturadores”, explicou Arselino Tatto (PT), um dos autores da iniciativa. A mudança depende ainda de sanção do prefeito.

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