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Prefeito não citou nenhum nome, mas, segundo assessores, o mandatário se referia a José Genoino (PT), que havia sugerido boicote a algumas empresas lideradas por judeus
22/01/2024 às 12:05 atualizado em 22/01/2024 às 12:44
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Ricardo Nunes (MDB) | Divulgação/Governo de SP
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse pelas redes sociais nesta segunda-feira repudiar “veementemente” qualquer forma de discriminação religiosa. Ele não citou nenhum nome, mas, segundo assessores próximos, o mandatário se referia à fala do ex-deputado federal José Genoino (PT), que havia sugerido boicote a algumas empresas lideradas por judeus em uma transmissão ao vivo no último sábado (20).
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“Enquanto celebramos o Combate à Intolerância Religiosa, repudio veementemente qualquer forma de ataque ou discriminação. Em São Paulo, defendemos a coexistência pacífica de todas as comunidades. A proposta de boicote às empresas de judeus é inaceitável; não à perseguição e não à divisão. Aqui, promovemos a união”, escreveu o prefeito, pelas redes sociais.
Na live, promovida pelas redes do portal “DCM”, Genoino disse achar interessante “a ideia de boicote” a “determinadas empresas de judeus” e a “empresas vinculadas ao estado de Israel“ devido a guerra declarada contra o território palestino, que já deixou 25 mil mortos na Palestina, entre militares e civis.
Genoino falava na transmissão sobre deixar de fazer compras na Magazine Luiza, após a dona da empresa, Luiza Trajano, apoiar um abaixo-assinado que pedia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistisse de apoiar uma ação da África do Sul contra Israel por genocídio.
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“Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos, que fere o interesse econômico, é uma forma interessante. Inclusive ter esse boicote a determinadas empresas de judeus”, afirmou Genoino.
“Há, por exemplo, boicote a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais, na área da segurança e na área militar com o Estado de Israel”, completou o petista.
Organizações israelitas também repudiaram a fala do ex-parlamentar. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) afirmou que a declaração de Genoíno foi antissemita, o que configura crime no País. As federações israelitas do Rio de Janeiro e São Paulo acompanharam a Conib e emitiram notas sobre o caso.
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