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Bruno Hoffmann

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PT paulistano descarta prévias e aceita retorno de Marta

Segundo o presidente do PT-SP, a decisão é definitiva, e não precisa ser levada para instâncias superiores da sigla; Marta será lançada como vice de Boulos

16/01/2024 às 22:04  atualizado em 16/01/2024 às 22:46

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Laércio Ribeiro e outras lideranças do PT-SP durante coletiva após aceitar retorno de Marta Suplicy ao partido

Laércio Ribeiro e outras lideranças do PT-SP durante coletiva após aceitar retorno de Marta Suplicy ao partido | Elineudo Meira e Lucas Martins/Divulgação

O diretório municipal do PT de São Paulo decidiu oficialmente na noite desta terça-feira aceitar o retorno de Marta Suplicy ao partido para ela ser lançada como vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo. A volta dela foi aprovada por 12 votos a favor, um contra e uma abstenção.

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Segundo o presidente do PT-SP, Laércio Ribeiro, a decisão tomada nesta noite é definitiva, e não precisa ser levada para instâncias superiores da sigla.

“[O retorno de Marta] Já está resolvido no diretório municipal.  Teve processo de questionamento da escolha do Boulos, inclusive. Conseguimos lidar perfeitamente com isso, com esse processo de escuta que propomos, justamente para diluir essas resistências”, disse ele, ao ser questionado pela imprensa se a questão ainda poderia ser levada para a direção nacional.

Parte dos filiados da sigla tem resistência pelo retorno de Marta ao PT por ela, como senadora, ter votado a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. A ex-prefeita da Capital havia deixado o PT um ano antes, após décadas no partido.

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O retorno agora foi encampado pelo presidente Lula (PT), que contou com a ajuda do deputado federal Rui Falcão (PT). Ela estava como secretária de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes (MDB), e precisou deixar a gestão municipal após uma reunião tensa com o atual prefeito na última semana.

Acordo PT-PSOL

Há um acordo entre Lula e Boulos para o PT escolher o candidato a vice do psolista na chapa para a Prefeitura de São Paulo – que deveria ser preferencialmente uma mulher. Pela primeira vez desde a sua fundação o PT abriu mão de lançar um candidato a prefeito na cidade.

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Após se reunir com Lula e aceitar voltar à sigla, Marta se encontrou com o deputado federal no último sábado (13) para um almoço em seu apartamento nos Jardins.

O parlamentar chegou junto com a esposa, Natalia Szermeta, a bordo do seu conhecido Celta prateado por volta das 13h50, e foi recebido pela ex-prefeita por seu marido, Marcio Toledo. O encontro contou também com Rui Falcão, deputado federal e ex-presidente nacional do PT.

Após duas horas e meia, ambos foram à sacada do prédio e acenaram para a imprensa.

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Em nota, Marta se disse “muito honrada” por ter se reunido com Boulos. “Nesta oportunidade, resgato o Manifesto Frente Ampla, que foi lançado nesta mesma residência. É a expressão do que esta reunião representa”, disse ela.

Em entrevista à imprensa, Boulos exaltou que a formação da chapa pretende derrotar “uma candidatura bolsonarista” na Capital.

"O desafio que temos este ano é enfrentar e derrotar uma candidatura bolsonarista na cidade de São Paulo, reeditar uma frente democrática e discutir o futuro da cidade de São Paulo. Esta não é uma aliança que vai olhar para o passado, mas que se constrói a partir de um compromisso de presente e de futuro”.

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Suplicy queria prévias

O deputado estadual Eduardo Suplicy voltou a defender que o PT faça uma prévia para a escolha do nome do vice na chapa de Boulos à Prefeitura de São Paulo. Ele disse isso para o próprio pré-candidato, em um encontro entre ambos realizado na tarde de sábado (13), na Capital.

Após a conversa com Boulos, Suplicy afirmou ser um apoiador “entusiástico” da sua pré-candidatura, mas voltou a defender que a escolha da vice seja feita em uma prévia interna da sigla.

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"Ponderei que na tradição do que o PT normalmente o faz, na prática de prévias com a participação dos filiados após debates entre os pré-candidatos. Que seria interessante que também esta escolha seja referendada da forma a mais democrática possível", afirmou o parlamentar.

Ele defendeu que entre os nomes que concorreriam com Marta estejam a deputada federal Juliana Cardoso e o da vereadora Luna Zarattini – essa última, a sua preferida para ser vice de Boulos.

A vereadora Luna Zarattini se disse “honrada e orgulhosa” com a sugestão de Suplicy, mas também surpresa. Em um texto pelas redes sociais, também no sábado, ela afirmou que a decisão cabia ao diretório municipal, e indicou que apoiava que o partido escolhesse Marta para compor chapa com Boulos.

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“As três gestões do PT com Luiza Erundina, Marta Suplicy e Fernando Haddad foram as que deixaram as maiores marcas para nossa cidade, especialmente para as periferias. Estou diariamente nas periferias da nossa cidade e Marta Suplicy é sempre lembrada pelos CEUs [...] Aquela gestão impactou de maneira determinante a cidade com os corredores de ônibus, o Bilhete Único, o Vai e Volta e tantas outras conquistas”, afirmou.

Luna também afirmou que será candidata à Câmara Municipal neste ano. Assim como a vereadora, Juliana Cardoso já disse a interlocutores que concorda com a volta de Marta ao partido para ser vice de Boulos. 

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