A reunião que selou a saída de Marta Suplicy da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) teve um momento de impasse na última terça-feira (9). Marta chegou com uma carta de demissão em mãos, mas Nunes, irritado, fazia questão de oficialmente demitir a então secretária de Relações Internacionais. O impasse foi resolvido com uma nota da Secretaria Especial de Comunicação indicando que a decisão havia sido tomada “em comum acordo” – sem o praxe de agradecer pelos trabalhos prestados. No Diário Oficial do dia seguinte, porém, a gestão publicou que Marta havia sido exonerada, sem o termo “a pedido”, comum para mostrar que a saída havia sido combinada entre ambos. Ou seja: oficialmente, Marta foi demitida mesmo. A decisão da ex-prefeita de voltar ao PT a convite do presidente Lula (PT) para ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) deixou Nunes “decepcionado demais”, segundo assessores.

‘Vocês vão se surpreender’

O ministro Carlos Lupi (Previdência Social), ex-presidente e uma das principais lideranças nacionais do PDT, afirmou nesta semana que o pré-candidato Guilherme Boulos vai receber novos apoios em sua pretensão de ser prefeito de São Paulo. A afirmação foi feita durante o ato de apoio do PDT a Boulos, na sede municipal do partido, na zona sul da Capital. “Boulos está construindo o ambiente para isso. Virão mais adesões, vocês vão se surpreender. Tem muita gente que, a partir da gente romper essa cerca, ainda vai aderir”, revelou o ministro a este colunista.

Mais um pulou fora

A CPI das ONGs, que pretende investigar as ações do padre Júlio Lancellotti em prol das pessoas em situação de rua em São Paulo, perdeu mais um apoio. Nesta semana, o vereador Gilson Barreto (PSDB) anunciou que tiraria seu nome da proposta. “Depois de estudar melhor o intuito e as consequências dessa iniciativa, concluí que a comissão fiscalizaria as atividades do padre Lancellotti sem que ele participe de qualquer convênio com a municipalidade, e isso eu não posso aceitar. A CPI perdeu a sua finalidade”, afirmou o parlamentar.

CPI enfraquecida

Inicialmente, 25 parlamentares da Casa haviam assinado a CPI das ONGs, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil). Com a repercussão negativa, 10 vereadores paulistanos já retiraram o nome. A maioria alegou não saber que a comissão miraria o religioso.

Quase dobrar população

Ricardo Nunes sancionou na quinta-feira (11) a Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, que propõe uma série de intervenções em bairros como Mooca, Ipiranga, Cambuci, Vila Carioca e Vila Prudente. A meta é que a região passe dos atuais 139 mil moradores para 260 mil no período de 20 anos. Para isso, a nova legislação propõe uma série de ações para o desenvolvimento econômico, urbanístico e social dos bairros do entorno do rio Tamanduateí.