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Bruno Hoffmann

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Lideranças políticas de SP dão trégua na polarização para reverenciar Pelé

De Olho no Poder: Os fatos da política de São Paulo na visão do jornalista Bruno Hoffmann

30/12/2022 às 13:31  atualizado em 30/12/2022 às 13:49

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Pelé

Pelé | Adriano Vizoni/Folhapress

A morte de Pelé conseguiu algo improvável neste momento do Brasil: unir o discurso de esquerdistas e direitistas, progressistas e conservadores, "patriotas" e "comunistas". Além de frases de pesar de Jair Bolsonaro (PL) e do novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lideranças políticas paulistas de ideologias distintas também trataram de exaltar o maior de todos. "Nós, como brasileiros, fãs ou não de futebol, devemos todo o nosso respeito e nossa admiração ao rei que venceu a pobreza e conquistou o mundo para nós", escreveu o deputado estadual eleito Guto Zacarias (União Brasil), também membro do MBL. Já o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) destacou o tamanho do Rei: "O maior da história. Vá em paz, Edson Arantes do Nascimento". Para o governador eleito, Tarcísio de Freitas, Pele é "o maior de todos os tempos". O ex-governador João Doria (sem partido), torcedor do Santos, exaltou o seu ídolo: "Meu abraço, amigo querido. Que Deus receba nosso Rei".

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Uma história sobre Pelé

Como se sabe, Pelé fez o gol que ele próprio considerava o mais bonito de sua carreira em 1959, em uma partida contra o Juventus, da Mooca, na acanhada Rua Javari. Um detalhe que pouca gente sabe é que no primeiro tempo dessa partida válida pela 10ª rodada do Campeonato Paulista o Rei deu uma entrada dura no lateral esquerdo juventino José Pando, que saiu de lá direto para o hospital, o que o deixaria 10 meses longe dos gramados. Porém, algo o chateou mais: não ter visto o tento histórico de Pelé, que só sairia na etapa complementar da partida. 

Orgulho das cicatrizes

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Em 2004, este colunista o entrevistou para um livro-reportagem sobre o gol mais bonito da carreira de Pelé. O ex-juventino contou como havia sido o lance:"Nossa, o Pelé me quebrou, viu? Entrou forte aqui no meu joelho, mas agora carrego o Rei todo dia comigo. Esta primeira é o Edson; esta outra é a Arantes; e a última é a Nascimento”, disse, orgulhoso, enquanto apontava para três cicatrizes facilmente perceptíveis em seu joelho esquerdo.

Carta do Rei

Pando tinha outra lembrança do Rei: uma carta que o Atleta do Século havia escrito para ele, datada de 25 de janeiro de 2003. Na missiva, o gênio do futewbol deseja a Pando um ano de 2003 com muita saúde a ele e a sua família, e finaliza: “Se quiser bater uma bolinha é só falar”.

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O maior de todos

Ao fim da entrevista, o ex-jogador do Juventus pediu a este colunista: “Não põe no livro que ele me 'quebrou'. Nem acho foi proposital. O Pelé é um sujeito admirável”. Depois, completou sobre o jogador que deixou uma lesão eterna em seu joelho: "Pelé é o maior de todos.  Ninguém é bobo de falar perto de mim que o Maradona é melhor que ele. O argentino nem chegou perto". O ex-lateral esquerdo do Juventus morreu no dia 22 de janeiro de 2012, aos 76 anos, em São Paulo, sem nunca ter esquecido o Rei.

Homenagem

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Um painel em frente da Prefeitura de São Paulo vai passar em looping, durante a próxima semana, um filme em homenagem ao maior jogador da história. "Serão gols, jogadas e comemorações, sempre com a camisa da seleção brasileira e algumas jogadas pelo Santos", explicou a gestão municipal, em nota. O filme tem 4 minutos de duração e se encerra com a frase. “O camisa 10 de todos os camisas 10”.

E mais homenagens

O Governo de São Paulo iluminou a fachada do Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da Capital, com as cores verde e amarela, em homenagem a Pelé. O governador Rodrigo Garcia (PSDB) decretou luto oficial de sete dias no Estado em celebração ao Rei.

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