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Bruno Hoffmann

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Líder do PSDB anti-Datena contra-ataca após pedido de expulsão

Fernando Alfredo negou culpa nas acusações contra ele e revelou à coluna ter quebrado 3 dedos no protesto durante convenção do PSDB

01/08/2024 às 17:51  atualizado em 01/08/2024 às 17:58

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Fernando Alfredo é ex-presidente do PSBD de São Paulo

Fernando Alfredo é ex-presidente do PSBD de São Paulo | Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo

O ex-presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, se defendeu das acusações após ter um pedido de expulsão contra ele na legenda pelo diretório municipal de São Paulo. Ele liderou um protesto contra a candidatura do apresentador José Luiz Datena (PSDB) no último sábado (27/7).

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Duas acusações foram apresentadas: uma outra por insinuação considerada homofóbica e outra por infidelidade partidária. Ele nega ambas.

'Máscara rosa'

No caso da homofobia, Alfredo foi acusado de usar o termo “máscara rosa” em uma conversa de WhatsApp para tirar sarro do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), que é homossexual e seu desafeto dentro da legenda.

À coluna, Alfredo se defendeu:

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“Em um grupo de WhatsApp, que nem era do PSDB, um amigo postou uma foto do Eduardo Leite de máscara rosa, e eu fiz um comentário: ‘bela homenagem’. Esse cara que postou era bolsonarista, e a tiração de sarro foi com esse cara, jamais com o Eduardo Leite”.

“Não cabe me associar à homofobia, porque fui o presidente na Capital que mais apoiou e investiu na questão LGBTQIA+”, completou Alfredo.

Chaves do partido

A outra alegação do diretório municipal para pedir sua expulsão, explicou o tucano, foi por não ter aceitado entregar a chave do partido na Capital após a direção nacional tirá-lo do cargo, no fim do ano passado.

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“Não entreguei porque eu estava contestando na Justiça a comissão provisória nomeada aqui de forma ilegítima. Quando a Justiça deu a eles a eles a posse do imóvel, imediatamente a gente desocupou”, justificou.

'Zé Maduro'

Alfredo também cutucou o atual presidente municipal do PSDB, José Aníbal. “Dessa turma a gente pode esperar tudo. O Zé Aníbal acha que é um príncipe, mas é um ‘Zé Maduro’, em referência ao Nicolás Maduro, que acha que é dono da Venezuela”.

Por fim, ele disse que não tem nada contra Datena, mas contra como a nomeação dele como candidato no partido foi feita. “Datena só conversa com Marconi [Perillo, presidente nacional do PSDB], Aécio [Neves, ex-senador] e com o Aníbal. Nunca falou com a militância”, completou.

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Ele também disse que fraturou três dedos de uma das mãos durante o protesto do último sábado, quando os seguranças do PSDB fecharam a porta na mão dele.

Ele vai passar por uma avaliação na próxima segunda-feira (5) para saber se vai precisar passar por uma cirurgia.

Entenda a acusação do PSDB

O diretório municipal do PSDB decidiu analisar um pedido de expulsão contra Fernando Alfredo, ex-presidente da sigla em São Paulo. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (31/7).

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Agora, um conselho de ética da sigla vai nomear um relator para emitir um parecer sobre o caso. A decisão pela expulsão, segundo o regimento do PSDB, cabe à executiva municipal, com possibilidade de recurso à estância estadual do partido.

Alfredo é próximo do prefeito Ricardo Nunes (MDB), e contra a candidatura do apresentador José Luiz Datena pela sigla.

No último sábado (27/7), ele coordenou um protesto contra Datena durante a convenção da legenda para confirmar o apresentador na disputa pela prefeitura.

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Duas acusações foram apresentadas. Uma outra por insinuação considerada homofóbica e outra por infidelidade partidária.

Alfredo foi afastado da direção do diretório municipal tucano no fim do ano passado, justamente por decisão de Leite, na época em que era presidente nacional do partido. Neste momento, o ex-senador José Aníbal ocupa o cargo na Capital.

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