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'A saída de todos é um indicativo que, de fato, o compromisso deles passou a ser com o prefeito e não com o PSDB'. disse presidente do PSDB-SP
29/03/2024 às 18:52 atualizado em 29/03/2024 às 19:22
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José Aníbal é presidente do diretório municipal do PSDB em São Paulo | Divulgação/Agência Senado
O presidente municipal do PSDB em São Paulo, José Aníbal, criticou o fato de quase todos os vereadores do partido na Capital abandonarem a sigla após a legenda ter decidido que não apoiaria a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) na cidade. Para ele, isso representa falta de compromisso com o partido.
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“A saída de todos é um indicativo que, de fato, o compromisso deles passou a ser com o prefeito e não com o PSDB. Não têm compromisso nenhum com o partido, projeto do partido, protagonismo do partido, recuperação do partido na Capital. Nada”, afirmou Aníbal à coluna, nesta sexta-feira.
“Eles se sentem contemplados pelo prefeito, e em função disso resolveram sair”, completou o dirigente.
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Oito vereadores tucanos pediram ou devem pedir desfiliação do partido. Aurélio Nomura, Rute Costa, Sandra Santana e Beto do Social já saíram. Gilson Barreto, Fábio Riva, João Jorge e Xexéu Tripoli pretendem sair nos próximos dias.
Apenas Carlos Bezerra Jr., que atualmente é secretário de Desenvolvimento Social de Nunes, não deve deixar a sigla.
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Aníbal também disse que os vereadores do PSDB em São Paulo fizeram uma atuação na Câmara Municipal menos de acordo com os valores do PSDB e mais preocupados com Nunes.
“Você conhece algum trabalho de vereadores do PSDB? Eu não conheço. Alguma política pública que eles defenderam, algum projeto que se tornou realidade e melhorou a vida das pessoas? Não tem. Eles fizeram um mandato muito composto com o prefeito”, analisou.
“Não que não se deva buscar composição, é dever do executivo buscar composição com o parlamento, mas isso não pode inibir a identidade de cada agrupamento político ao ponto que ele se descaracterize”, afirmou ainda.
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Segundo Aníbal, a decisão de não apoiar Nunes, tomada em 22 de março, foi algo pensado e discutido dentro do partido, e que hoje é uma “questão vencida”.
“As pessoas votaram com liberdade, com consciência, depois de duas horas de conversa – e de outras tantas conversas que tivemos antes no partido”.
José Aníbal também explicou que a debandada dos vereadores tucanos não deve interromper o processo de fortalecimento da legenda em São Paulo e no Brasil.
“A perspectiva que temos hoje é de fortalecimento do PSDB. Para o PSDB voltar a ter protagonismo”, afirmou Aníbal, que garantiu que o partido está bem mais ativo de forma nacional nos últimos meses.
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“Isso já está acontecendo no Brasil, e São Paulo tem que correr para ficar na mesma toada do Brasil. O PSDB está bem mais ativo de dois a três meses para cá do que foi no ano passado inteiro”, completou.
Em evento em 19 de março, uma ala do PSDB paulistano divulgou um vídeo em que admite a desunião na sigla e defende o apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes.
“Hoje, no município de São Paulo, posta a falta de competitividade momentânea, temos a missão de respeitar nossas ideais e de caminhar junto da gestão que mais se aproxima de nossa essência. Assim, estaremos com Ricardo Nunes”, diz a peça.
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“O PSDB precisa voltar forte para unir o Brasil. Mas como unir o País se nós mesmos estamos com dificuldades de união interna?”, afirma ainda. Entre os líderes do grupo que criou o vídeo está Fernando Alfredo, ex-presidente municipal do PSDB.
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