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Bruno Hoffmann

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Ex-presidente do PSDB-SP dispara contra atual em meio a debandada de vereadores tucanos

'Ele cisma em levar o PSDB para apoiar a Tabata Amaral. Zé Aníbal está ultrapassado e é incapaz de unir o partido', disse Fernando Alfredo

30/03/2024 às 10:34  atualizado em 30/03/2024 às 11:04

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Fernando Alfredo e José Aníbal

Fernando Alfredo e José Aníbal | Ettore Chiereguini/Gazeta de SP - Senado

Em meio a uma debandada de vereadores tucanos para outros partidos na Capital, o ex-presidente do diretório municipal do PSDB em São Paulo, Fernando Alfredo, criticou o atual, José Aníbal, nesta sexta-feira (29). Alfredo defende que a sigla apoie a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) – possibilidade descartada por Aníbal.

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“Ele cisma em levar o PSDB para apoiar a Tabata Amaral, quando não é a vontade do coletivo do partido. Zé Aníbal está ultrapassado e é incapaz de unir o partido”, afirmou, e completou que o dirigente preside uma “executiva provisória”, sem o aval da militância e das lideranças do PSDB na Capital.

“O reflexo da saída dos vereadores é exatamente isso que ele vem implementando desde que Eduardo Leite [governador do Rio Grande do Sul] virou presidente nacional do PSDB”, disse ainda Alfredo, em entrevista à coluna. Atualmente, o presidente nacional tucano é Marconi Perillo.

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Também na sexta, mais cedo, Aníbal criticou à coluna o fato de quase todos os vereadores do partido na Capital abandonarem a sigla após a legenda ter decidido que não apoiaria a reeleição de Nunes na cidade. Para ele, isso representa falta de compromisso com o partido (leia mais abaixo).

Oito vereadores tucanos na Capital pediram ou devem pedir desfiliação do partido. Aurélio Nomura, Rute Costa, Sandra Santana e Beto do Social já saíram. Gilson Barreto, Fábio Riva, João Jorge e Xexéu Tripoli pretendem sair nos próximos dias.

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Apenas Carlos Bezerra Jr., que atualmente é secretário de Desenvolvimento Social de Nunes, não deve deixar a sigla.

Na visão de Alfredo, porém, a saída dos vereadores foi provocada pela insegurança que os parlamentarem sentiam na direção da sigla.

“Há um descaso com São Paulo e interferência externa aqui. Isso deixou o partido totalmente fragilizado, e deu insegurança aos vereadores que buscam a reeleição. Hoje, o partido sequer tem uma chapa para disputar a Câmara Municipal”, afirmou.

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Ele também destacou que Tabata não apoiou Bruno Covas, que seria reeleito nas eleições municipais de 2020, nem no primeiro e nem no segundo turno.

'Total desconhecimento'

Na entrevista à coluna, Aníbal disse que a saída dos vereadores representa falta de compromisso dos parlamentares com o partido.

“A saída de todos é um indicativo que, de fato, o compromisso deles passou a ser com o prefeito e não com o PSDB. Não têm compromisso nenhum com o partido, projeto do partido, protagonismo do partido, recuperação do partido na Capital. Nada”, afirmou Aníbal à coluna, nesta sexta-feira.

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“Eles se sentem contemplados pelo prefeito, e em função disso resolveram sair”, completou o dirigente.

Alfredo também rebateu essa fala:

“O Zé Aníbal mostra total desconhecimento da administração pública municipal quando fala que os vereadores que estão deixando o PSDB não contribuíram para o desenvolvimento da cidade. Se você acompanhar todas as votações na Câmara de relevância, os vereadores do PSDB estavam juntos, inclusive como proponentes das ações”, afirmou à coluna.

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Por fim, disse que se fosse pela vontade da militância e das lideranças tucanas na Capital Aníbal não estaria no poder. "Ele não consegue juntar nem cinco pessoas'.

Crise no PSDB

Ex-deputado federal e ex-senador, José Aníbal foi indicado para ser presidente do diretório municipal do PSDB-SP por decisão de lideranças nacionais e estaduais tucanas em fevereiro deste ano.

Ele é figura histórica do partido e defende que a sigla não deve apoiar Nunes na cidade pela proximidade de Nunes com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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“Não vamos apoiar Ricardo Nunes porque o vice dele será indicado pelo Bolsonaro, e não vamos com Bolsonaro de forma alguma”, explicou ele à coluna.

Neste momento, o PSDB vive uma crise interna. Fernando Alfredo, por exemplo, foi afastado da direção municipal do partido por decidão do diretório nacional, no fim do ano passado. 

No início de março deste ano, a executiva nacional tucana decidiu anular as eleições que reconduziram Marco Vinholi para a presidência do diretório paulista do partido. O presidente nacional, Marconi Perillo, colocou no cargo Paulo Serra, prefeito de Santo André. 

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Já prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, foi nomeado como presidente da federação PSDB-Cidadania no Estado.

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