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Fernando Alfredo disse que o tucano 'tinha tudo para ser um cara bacana', mas que passou a achar que 'manda em São Paulo'
12/03/2024 às 17:09 atualizado em 12/03/2024 às 17:23
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Fernando Alfredo é ex-presidente do diretório municipal do PSDB em São Paulo | Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo
O ex-presidente do diretório municipal do PSDB de São Paulo, Fernando Alfredo, chamou o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) de “golpista de centro” em uma publicação no Instagram nesta terça-feira. O comentário surgiu após troca de comando do diretório estadual da legenda no Estado.
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“Golpismo não existe só na direita e na esquerda. Os de centro são os mais dissimulados de todos, tipo Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul”, iniciou Alfredo.
Ele escreveu que, pelo perfil de Leite, o tucano “tinha tudo para ser um cara bacana”, mas que passou a achar que “manda em São Paulo” ao se opor ao apoio do partido a Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da Capital, eleito como vice na chapa de Bruno Covas (PSDB), morto em maio de 2021 por decorrência de um câncer.
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“Aí o governador do Rio Grande Sul, o golpista, resolve que quem manda em SP é ele. Eduardo e seus asseclas precisam entender só uma coisa: São Paulo é maior do que vc acha que representa. Respeite SP”, completou Alfredo. A coluna manteve a grafia original.
Alfredo foi afastado da direção do diretório municipal tucano no fim do ano passado, justamente por decisão de Leite, na época em que era presidente nacional do partido. Neste momento, o ex-senador José Aníbal ocupa o cargo na Capital.
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Em contato com a coluna, Alfredo disse que Leite e o deputado federal mineiro Aécio Neves “acham que mandam” no diretório municipal paulistano e disse que não vai aceitar que ambos interfiram no desejo da maioria de apoiar a reeleição de Ricardo Nunes.
“Eles intervieram no diretório municipal, eles intervieram no diretório estadual porque não querem que o partido apoie o Ricardo. Só que eles não entenderem que vamos continuar fazendo barulho enquanto não expulsarem a gente”, disse.
O tucano também afirmou que, caso haja eleição para o diretório municipal, ele se candidata com a certeza de retornar ao cargo. “Eles sabem que não têm voto”.
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A reportagem tentou entrar em contato com Aécio Neves e Eduardo Leite, e vai atualizar este texto caso haja manifestações.
Interferência no diretório estadual do PSDB
A executiva nacional do PSDB decidiu anular as eleições que reconduziram Marco Vinholi para a presidência do diretório paulista do partido. A votação favorável a Vinholi havia ocorrido na última quarta-feira (6).
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A decisão do PSDB nacional ocorreu na sexta (6). Segundo informações extraoficiais, a direção nacional acatou duas representações que indicaram irregularidades no processo eleitoral do partido no Estado.
Procurado pela Gazeta, Vinholi defendeu a legalidade do pleito que optou por seu nome.
“Na data prevista, foi então realizada a reunião que elegeu a Executiva Estadual do partido, com 97 votantes de um Diretório com 105 membros - mais de 92%”, disse.
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“O resultado fala por si só. Representa a vontade da imensa maioria da sigla no estado, onde a democracia partidária é um dos pilares fundamentais estabelecidos desde Mario Covas na construção do PSDB, que se tornou um dos mais importantes partidos da história de São Paulo”, completou ele.
Vinholi comandou a sigla em âmbito estadual entre 2019 e 2023 e voltou ao posto na última quarta após ser afastado do cargo pelo então presidente nacional do partido, o governador gaúcho Eduardo Leite, em outubro do ano passado.
Ele era ligado ao grupo do então governador João Doria (atualmente sem partido), o que causou rompimento com a vertente de Leite.
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Após uma série de crises, as lideranças tucanas anunciaram uma pacificação para o a convenção estadual, realizado no último dia 25 de fevereiro. Foi lançada uma chapa única para o diretório, e Vinholi era considerado o favorito para assumir o comando do partido no Estado, o que ocorreu nesta quarta.
As cisões, porém, continuaram entre lideranças da legenda. Não há informações sobre como será a nova composição do PSDB paulista.
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