O vereador Milton Leite (União Brasil) colocou seu nome à disposição para ser vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB) à Prefeitura de São Paulo. Ele é presidente da Câmara Municipal paulistana e do diretório municipal do União Brasil, além de aliado político do emedebista.

"Estou à disposição do União Brasil para ser o candidato a vice-prefeito ao lado do prefeito Ricardo Nunes se essa for a vontade e a decisão do meu partido e da futura coligação, já que não serei mais candidato a vereador’, disse Leite à coluna.

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A proximidade entre ambos, que têm base eleitoral na zona sul, vem se intensificando nas últimas semanas. Durante um evento em 17 de janeiro, Milton bradou que seria um “general eleitoral” de Nunes.

“Eu me autopromovi a general eleitoral do Ricardo Nunes. Não sou mais cabo eleitoral, sou general eleitoral dele. Vou vestir a camisa dele e rasgar a do adversário”, disse, entre risos.

O União Brasil não decidiu oficialmente se vai lançar candidatura ou apoiar Nunes em São Paulo. A questão deve ser fechada após convenção partidária, ainda sem data para acontecer.

Um dos defensores de a agremiação seguir com nome próprio é o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), que já anunciou ser pré-candidato na cidade. Pelas redes sociais, o parlamentar tem aumentado as críticas à atual gestão municipal.

Opção bolsonarista

O nome considerado preferido para ser escolhido como vice de Nunes neste momento é o do coronel da reserva Ricardo Mello Araújo. A opção foi sugerida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fechou um acordo para apoiar a campanha de Nunes em troca de indicar o vice.

O coronel foi comandante da Rota entre 2017 e 2019 e presidente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) de 2000 ao início de 2023. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, levou a indicação de Bolsonaro a Nunes nesta semana, que ficou de responder em breve.

Como revelou a coluna, o deputado estadual Delegado Olim (PP) criticou a indicação do ex-presidente. Olim é um dos cotados para compor a chapa com o atual prefeito da Capital.

“Alguns nomes que foram indicados são bons. Mas tem uma exceção: o coronel da Rota que o Bolsonaro quer, que é amigo dele”, iniciou o parlamentar, sem citar o nome de Mello Araújo.

“Para dizer a verdade, não o conheço, conheço muito pouco, não acho que é um bom nome, não é conhecido. Tem que pegar alguém conhecido, que tenha voto, para colocar como vice. Quem tem que escolher é o prefeito de São Paulo. Não pode ser imposto quem vai ser o vice”, completou Olim.

À coluna, Olim – que no ano passado chegou a estudar a possibilidade de ser ele próprio pré-candidato a prefeito da Capital – disse ainda que Nunes deve tomar a decisão apenas em abril e que o PP tem nomes interessantes para serem escolhidos.

“Temos bons nomes da área de segurança, e não estou falando só do meu. Tem o [Coronel] Telhada também. Temos que fazer parte dessa movimentação para ver o vice de São Paulo. Estamos no páreo, o partido é grande. O interesse maior é do Ricardo Nunes”, afirmou.

Ele também garantiu que conversou sobre a questão com o prefeito nesta quarta. “Passei a mão no ombro do prefeito agora e disse: ‘Todo mundo quer ser seu vice. Vou passar a mão para ver se dá certo”.