O advogado Alberto Rollo, considerado um dos maiores especialistas em direito eleitoral do Brasil, disse não ter dúvidas que de Pablo Marçal (PRTB) vai se tornar inelegível para as próximas eleições. O candidato chegou na terceira colocação na disputa à Prefeitura de São Paulo neste ano.

Segundo ele, os principais motivos são as acusações em relação a impulsionamento de postagens pelas redes sociais e, principalmente, pelo laudo falso contra o adversário Guilherme Boulos (PSOL), publicado à véspera do primeiro turno das eleições paulistanas deste ano.

O empresário já deu a entender que pretende disputar o cargo à Presidência daqui a dois anos.

“Não tenho dúvidas que Marçal se tornará inelegível por 8 anos. Não vejo horizonte eleitoral para ele em 2026 se a Justiça eleitoral agir”, disse Rollo, em entrevista a este colunista na Rádio Trianon, na quinta-feira (17/10).

O próprio Marçal assumiu que o laudo era falso, mas alegou ter sido enganado por uma outra pessoa, e por isso decidiu publicar o documento.

Nova Câmara

A Câmara Municipal de São Paulo se tornou um pouco mais plural, mas cerca de 69% dos vereadores da Capital eleitos neste ano são brancos e 63% são homens. A faixa etária com mais vereadores eleitos é dos 50 aos 59 anos, com 16 parlamentares. Zoe Martinez (PL, foto acima) é a mais jovem, com 25 anos ao ser eleita.

Novidades e antigos

Dos 55 vereadores eleitos que tomam posse em 2024, 35 foram reeleitos e 20 são novidade. O PT é a sigla com maior bancada, com oito cadeira, seguido pelo MDB, PL e União Brasil, com sete cadeiras cada. O PSOL se manteve estável, com seis vereadores eleitos. O PSDB, pela primeira vez, não conquistou qualquer cadeira para a Câmara paulistana.

Escolaridade dos vereadores

O grau de escolaridade da maior parte dos vereadores é o superior completo, com 46 parlamentares, ou cerca de 83% do total. Cinco têm ensino médio e quatro possuem ensino superior incompleto.

Propaganda vetada

A Prefeitura de São Paulo publicou uma resolução nesta semana proibindo a exibição de propagandas em carros por aplicativo que atuem na Capital. A medida passa a valer no prazo de 30 dias e vale para painéis luminosos, letreiros em led e peças semelhantes. Com isso, as empresas por aplicativo, como Uber e 99, podem ser responsabilizadas em caso de descumprimento dos motoristas.

Pedido de vereador

A decisão foi motivada por pedido de Adilson Amadeu (União Brasil), vereador conhecido por defender a classe dos taxistas. Em abril deste ano, o parlamentar pediu mais fiscalização contra a instalação de dispositivos luminosos nos tetos dos carros de transporte por aplicativo na Capital. Segundo o parlamentar, a ação para fins de publicidade fere a Lei Cidade Limpa. “Confio que a Polícia Militar de Trânsito vai resolver essa situação aqui na cidade de São Paulo”, afirmou o vereador”, disse Amadeu, à época.