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De Olho no Poder: os fatos da política de São Paulo na visão do jornalista Bruno Hoffmann
22/02/2022 às 13:00 atualizado em 22/02/2022 às 17:17
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Deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP) | Divulgação/Alesp
Após a Câmara de Olinda (PE) ter aprovado nesta semana uma lei que proíbe homenagens a escravocratas e a personalidades ligadas à ditadura militar em monumentos no município, a deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP) lamentou que o seu projeto – que inspirou a nova lei na cidade pernambucana – tem poucas chances de ser aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Para ela, “o avanço alcançado em Olinda encontra obstáculos quase intransponíveis na esfera estadual de São Paulo” por causa de um pretenso ultraconservadorismo da Alesp. “A formatação da Assembleia Legislativa de São Paulo por meio de grupos reacionários se comprometem com as violências históricas e institucionais, o que fica ainda mais explícito diante da inércia em discutir uma pauta como essa”, disse a parlamentar, em contato com a coluna. A deputada protocolou o projeto de lei em junho de 2020. Bem antes, portanto, do episódio em que um grupo colocou fogo na estátua de Borba Gato, na zona sul da Capital, o que aprofundou a discussão sobre os monumentos da cidade.
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Suspeitas sobre presidente da Alesp
A Polícia Civil interceptou ligações telefônicas que demonstram que o presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), teria negociado a entrega da administração de dois hospitais para o médico Cleudson Garcia Montali em 2019, condenado pelo desvio de R$ 500 milhões em recursos de saúde por meio de organizações sociais. A informação foi revelada pelo “Estadão”. Em nota, Carlão negou qualquer “ilegalidade em sua conduta” e disse repudiar "a tentativa eleitoreira de associá-lo a condenáveis desvios de recursos da saúde pública, que tem o único objetivo de tumultuar as investigações em andamento”.
‘Racismo estrutural’
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A Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo recebeu na última quinta (17) parecer contrário ao pedido de cassação do vereador Arnaldo Faria de Sá (Progressistas), denunciado após se referir no ano passado ao ex-prefeito Celso Pitta como “negro de alma branca” – sim, era uma tentativa de elogio. O relator do caso, Aurélio Nomura (PSDB), considerou não ter havido a intenção de ofensa racial e que o que foi dito faz parte de um “racismo estrutural” feito de forma “involuntária” pelo vereador. À época, o presidente da Câmara paulistana, Milton Leite (União Brasil), classificou a fala de Faria de Sá como “inadmissível”.
Vereadora critica decisão
A vereadora Luana Alves (PSOL) usou as redes sociais para lamentar a decisão da Câmara. “O racismo segue existindo porque sempre há quem defenda”, escreveu ela.
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Fiesp menos partidária
O novo presidente da Fiesp, Josué Gomes, mostrou que a entidade que representa a indústria paulista deve ter um papel menos partidário – pelo menos publicamente – sob seu comando. Em conversa com a imprensa, ele disse não ver com qualquer temor uma nova eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “A população é soberana”, pontuou. Josué Gomes, porém, criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), ao dizer que os livros de história contarão que a atual gestão federal foi a que mais atacou as instituições, e disse torcer para o mandatário agir de forma diferente caso seja reeleito.
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