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Bruno Hoffmann

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Clima na Câmara de SP é pela cassação definitiva de Camilo Cristófaro

De Olho no Poder: Os fatos da política de São Paulo pela visão do jornalista Bruno Hoffmann

24/08/2023 às 17:59  atualizado em 25/08/2023 às 12:06

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Camilo Cristófaro

Camilo Cristófaro | André Bueno/Rede Câmara

A expectativa geral é que a Câmara Municipal de São Paulo casse o mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante), após a Corregedoria da Casa aprovar nesta quinta-feira a perda do mandato do parlamentar por 5 votos 1 a partir de parecer de Marlon Luz (MDB) – só Sansão Pereira (Republicanos) se absteve. Agora, a decisão será enviada para uma comissão na próxima semana e depois segue para o Plenário, onde deve ser votada em 5 de setembro.

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“Hoje há 42 votos pela sua cassação. Ele só não cai se tiver alguma carta na manga”, garantiu um assessor influente a esta coluna, que preferiu não se identificar, em relação aos 37 votos necessários para que o vereador perca o mandato e fique inelegível por 8 anos.O próprio corregedor-geral da Câmara, Rubinho Nunes (União Brasil), disse acreditar nesse desfecho. "É um recado da vontade da população com relação a esse tema tão delicado", afirmou em coletiva após a decisão da Corregedoria.

Outros assessores consultados pela coluna têm a mesma impressão e não vê saída para o político.

Em maio de 2022, Cristófaro (que então estava no PSB) foi flagrado pelo sistema de som da Câmara Municipal dizendo: “Eles arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?”. À época, primeiro o parlamentar negou, mas depois admitiu o ato racista e disse que precisava “passar por uma desconstrução desses preconceitos”.

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Ele coleciona momentos considerados reprováveis na Casa. Em maio deste ano, voltou a ser acusado de racismo, ao dizer ao colega George Hato (MDB) que daria “um cacete nesse japonês”, segundo Hato. Em 2019, ele chamou o vereador Fernando Holiday (hoje no PL) de “macaco de auditório” e, em 2017, foi acusado pela então vereador Isa Penna (PSOL) de ter a chamado de “vagabunda”.

A última cassação em plenário na Casa ocorreu em 1999, no escândalo conhecido como a "Máfia dos Fiscais".

Rubinho Nunes disse que o fato de o colega ter sido absolvido pela Justiça não muda o processo na Câmara. Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu o vereador da acusação de racismo. O juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares afirmou na decisão que a fala do parlamentar “foi extraída de um contexto de brincadeira, de pilhéria, mas nunca de um contexto de segregação, de discriminação ou coisa que o valha".

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A coluna tentou, mas não conseguiu entrar em contato com o parlamentar sobre a decisão da Corregedoria.

E mais sobre a política paulista

Contra o assédio em ambientes de saúde

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A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou nesta semana o projeto que garante às mulheres o direito de acompanhante durante as consultas médicas, exames e outros procedimentos clínicos nos estabelecimentos públicos e privados do Estado, principalmente os que incluem sedação da paciente. A proposta é de autoria do deputado Thiago Auricchio (PL), e visa principalmente combater casos de assédios e de importunação sexual em ambientes de saúde. “Já vimos inúmeros casos de violência contra a mulher no hospital e não podemos assistir a isso passivamente", justificou o parlamentar. O texto seguiu para sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Carros em calçadões

Um projeto do vereador Fernando Holiday (PL) quer liberar a circulação de veículos em calçadões do centro de São Paulo no período noturno, entre as 21h e às 6h. As ruas incluídas na proposta são Sete de Abril, Dom José de Barros, XV de Novembro e Barão de Itapetininga. O projeto justifica que a ação favorece o setor hoteleiro e “cria mais renda e emprego, principalmente para aqueles que trabalham à noite”. Uma comissão da Casa vai discutir o texto nesta segunda (28).

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Incentivo a carros elétricos

Os deputados paulistas aprovaram nesta semana um projeto de incentivos fiscais aos donos de carros elétricos ou movidos a hidrogênio. A intenção é a de isentar os proprietários de pagamento do percentual do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) que seria destinado para o estado de São Paulo. De coautoria dos deputados Donato (PT) e Ricardo França (Podemos), a lei segue agora para sanção ou veto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Que o governador tenha a sensibilidade, pois ele tem falado muito de economia verde e sustentável e o projeto vai nesse sentido", defendeu Donato.

Cannoli da Mooca será celebrado

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Agora, São Paulo tem um dia para celebrar o cannoli da Mooca: 21 de fevereiro. A Câmara Municipal aprovou nesta semana a criação do Dia do Cannoli da Mooca. O autor do projeto, Rinaldi Digilio (União Brasil), justificou que o doce se tornou uma atração turística da região, principalmente em dias de jogos do Juventus, e afirmou que a proposta foi feita a partir de um pedido dos moradores da Mooca. "Esse doce veio de gerações para gerações desde os imigrantes italianos", disse o vereador.

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