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General foi preso neste sábado por tentativa de golpe; operação ocorreu um dia após aniversário do AI-5, o ato mais radical da Ditadura Militar
14/12/2024 às 10:58 atualizado em 14/12/2024 às 18:33
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Walter Braga Netto foi preso na manhã deste sábado, no Rio | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Walter Braga Netto se tornou, neste sábado (14/12), o primeiro general quatro estrelas do Exército a ser preso no Brasil durante um regime democrático. Ele é investigado por tentativa de golpe de Estado.
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Os militares que cometeram crimes durante a Ditadura (1964-1985) mais recente foram beneficiados pela Lei de Anistia, de 1979.
O texto promulgado pelo presidente-militar João Batista Figueiredo beneficiou os exilados políticos e os militares, que nunca tiveram de responder por crimes cometidos principalmente após o Ato Institucional Número 5 (AI-5), que aprofundou as arbitrariedades dos governos militares a partir de 1968.
O AI-5 foi promulgado em 13 de dezembro de 1968. Ou seja, havia feito aniversário no dia anterior da prisão do general, neste sábado.
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O militar foi detido em Copacabana, no Rio de Janeiro, e foi levado ao Comando Militar do Leste. Ele ficará sob custódia do Exército.
Ex-ministro e ex-candidato a vice do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também indiciado, Braga Netto é um dos quatro generais de quatro estrelas na mira da Polícia Federal.
Os outros são Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira.
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Neste sábado, a PF também fez busca e apreensão na casa do coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-braço direito de Braga Netto, também da reserva, em Brasília. Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Braga Netto pode ser condenado a pelo menos 30 anos de prisão. Ele é acusado por três crimes: tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.
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