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Pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo anunciam que, caso sejam eleitos, o secretariado municipal de SP terá paridade de gênero
08/03/2024 às 12:21 atualizado em 08/03/2024 às 12:35
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Marta Suplicy e Guilherme Boulos, durante evento no Dia das Mulheres | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo
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Em evento ao lado de empresárias paulistanas na manhã desta sexta-feira, os pré-candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (PT) prometeram que, caso sejam eleitos para a Prefeitura de São Paulo, vão compor o primeiro escalão do secretariado municipal com paridade de gênero. Ou seja, haveria ao menos 50% de mulheres no comando das pastas municipais.
O anúncio foi feito durante evento em um clube na avenida Paulista com a presença de empresárias e empreendedoras da Capital, em celebração ao Dia Internacional das Mulheres. Boulos é pré-candidato à prefeitura de São Paulo, e Marta foi lançada como vice.
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“Se ganharmos as eleições em São Paulo ao menos 50% das secretarias serão dirigidas por mulheres. Hoje, temos menos de um terço das secretarias de São Paulo dirigidas por mulheres”, afirmou o deputado federal.
“Isso é para garantir a participação política [das mulheres], para que não seja apenas um governo para as políticas para as mulheres, mas que seja um governo também protagonizado por lideranças femininas”, completou o parlamentar do PSOL
Marta também discursou brevemente e destacou os programas sociais durante a sua gestão como prefeita da Capital, entre 2001 e 2004. Ela também brincou sobre o fato de ser o Dia das Mulheres. “Não somos nem melhores e nem piores do que os homens, mas graças a Deus somos bem diferentes”, disse, entre risos.
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Pesquisa
O pré-candidato também comentou sobre a decisão da justiça eleitoral de exigir que ele retire do ar uma imagem do Instagram em relação a uma pesquisa eleitoral. A justiça considerou que a peça gráfica deturpou o resultado do levantamento, após ação da pré-candidata Tabata Amaral (PSB). O prefeito Ricardo Nunes (MDB) também procurou a justiça pelo mesmo motivo.
“A postagem que nossa equipe foi muito clara, foi uma comparação da pesquisa Real Time Big Data em que lidero em todos os cenários com as candidaturas bolsonaristas. Incluiu apenas aqueles pré-candidatos que são alinhados com Bolsonaro, o que não é o caso da Tabata. Foi isso que foi feito”, afirmou.
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Ele também explicou ter“o maior respeito” pela Tabata, a chamou de “grande parlamentar”, e disse não ter a intenção de discutir com ela.
“Não vou ficar entrando em bate boca de internet, não me cabe isso. Mas a justiça eleitoral tomou a definição, eu cumpro ordem judicial e foi retirada a postagem. O meu respeito por ela continua o mesmo”.
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Na publicação, feita pelo Instagram, o parlamentar do PSOL coloca em um mesmo gráfico nomes que aparecem em cenários diferentes da pesquisa do instituto Real Time Big Data, divulgada na última segunda-feira (4), como Ricardo Salles (PL) e Marcos Pontes (PL). O gráfico também não mostra a intenção de votos da pré-candidata do PSB, a deputada federal Tabata Amaral.
A assessoria de Boulos publicou inicialmente uma imagem, com a manchete: "Boulos lidera com 34% contra qualquer adversário!". O gráfico mostrava Nunes com 29%, seguido de Ricardo Salles (PL-SP) com 12%, Marcos Pontes (PL-SP) com 11% e Padre Kelmon (PRD) com 1%. Salles, porém, só aparece no cenário 2, enquanto Pontes apenas no cenário 3 da pesquisa.
Depois, a pré-campanha alterou a arte, sob o título: “Boulos venceria qualquer candidato bolsonarista”, e excluiu Padre Kelmon.
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Segundo o juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), a publicação pelas redes sociais do psolista “contém cenário com Guilherme Boulos, Ricardo Nunes, Ricardo Salles e Marcos Pontes como contendores entre si e configura divulgação de pesquisa eleitoral supostamente fraudulenta, pois na pesquisa não houve pergunta efetuada ao entrevistado com a possibilidade de escolha destes candidatos”.
O juiz também determinou que o Facebook Brasil, responsável pelo Instagram, seja notificada para retirar a publicação do ar em um prazo de 24 horas, também sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Pelas redes sociais, Tabata criticou Boulos, e questionou: "Agora eu pergunto para vocês: o que é isso? É estatística criativa? É erro? Alguém não tinha noção do que estava fazendo? Ou é safadeza mesmo?".
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