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De Olho no Poder: os fatos da política de São Paulo na visão do jornalista Bruno Hoffmann
11/02/2022 às 12:50 atualizado em 11/02/2022 às 13:25
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João Doria | Divulgação/Governo de SP
O governador João Doria (PSDB) anunciou na última quinta-feira (10) um aumento salarial de 20% para profissionais da segurança pública e da saúde e de 10% para funcionários públicos em geral. A medida, tomada em ano eleitoral, é vista como insuficiente por parte das entidades ligadas ao funcionalismo. Para o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP), Gustavo Mesquita Galvão Bueno, o aumento está muito aquém da promessa de campanha do tucano em 2018, quando garantiu que os policiais paulistas seriam os mais bem pagos do País. "Infelizmente, a recomposição anunciada não cobre nem mesmo a inflação do período entre 2018 e 2021, que chegou aos 25,15%", disse, em contato com a coluna. Segundo ele, atualmente os delegados de São Paulo recebem pouco mais de R$ 10 mil, menos da metade dos vencimentos dos profissionais de estados como Alagoas e Santa Catarina, por exemplo. "Mesmo com a recomposição, o Estado continua pagando um dos cinco piores salários do Brasil", lamentou.
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Sem perda de mandato
A Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo afastou a possibilidade de cassar os mandatos das vereadoras Cris Monteiro e Janaína Lima, ambas do Novo, após o episódio de acusação mútua de agressão dentro de um banheiro da Casa em novembro do ano passado. De acordo com os dois pareceres feitos pelo vereador André Santos (Republicanos) e aprovados pela Corregedoria, elas podem perder algumas prerrogativas do mandato pelo período de até seis meses, como o direito de ocupar a presidência de comissões ou de discursar em Plenário. As investigações continuam, e as vereadoras e testemunhas ainda serão ouvidas. Segundo uma fonte ouvida pela coluna, Cris e Janaína não tiveram qualquer reaproximação desde a briga.
Porto de Santos
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Em audiência pública para a concessão do Porto de Santos, na Associação Comercial de Santos, na última quinta (10), a deputada federal Rosana Valle (PSB) pediu a manutenção dos empregos das categorias portuárias e da Guarda Portuária, entre outras questões. O secretário Nacional dos Portos, Diogo Piloni, respondeu dizendo que o modelo de privatização prevê a manutenção das regras dos contratos dos trabalhadores avulsos e garantiu um ano de estabilidade para os guardas portuários. Além disso, afirmou que boa parte da mão de obra será local. “Esta é uma condição vital para o sucesso do Porto de Santos”, destacou o secretário.
Travessias litorâneas
O Governo de São Paulo suspendeu nesta semana o edital de concessão das oito Travessias Litorâneas no Estado. Com a decisão, a gestão Doria fará uma revisão do projeto a partir de sugestões de lideranças das regiões afetadas. Segundo o deputado estadual Caio França (PSB), havia o temor de aumentos de até 50% da tarifa para fazer a travessia entre Santos e Guarujá, por exemplo. “A previsão era que já no meio do ano o aumento fosse de 50%, saindo de R$ 12,30 para R$ 18,40”, disse ele. “Após a nossa mobilização, o leilão para a concessão do sistema de travessias de balsas foi suspenso pelo governo”, celebrou o parlamentar, que solicitou uma reunião com o secretário de Logística e Transportes, João Octaviano, para apresentar novas sugestões ao edital.
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Repúdio a Monark
O vereador Daniel Annenberg (PSDB), único representante da comunidade judaica na Câmara Municipal de São Paulo, também repudiou a fala do youtuber Monark, que defendeu que a lei permitisse a existência de um partido nazista no Brasil. “Discursos racistas e antissemitas não aceitam o diferente, pregam o ódio e a intolerância. Por isso, ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas, sim”, afirmou o vereador.
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