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Cotidiano
Avenida mais famosa do Brasil, Paulista era caminho de bois para o matadouro
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Avenida mais famosa do Brasil, Paulista era caminho de bois para o matadouro; hoje é uma das mais movimentadas da Capital | /Diegograndi
Quem passa pelos cerca de 3 quilômetros da Avenida Paulista, não imagina que pela avenida mais famosa do Brasil, em vez do trânsito frenético de carros e pedestres, eram os bois, a caminho do matadouro, que costumavam frequentar a região, em meados do século 19.
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Tudo começou a mudar, quando, na última década dos anos de 1800, a sociedade paulistana passou a demonstrar o desejo de habitar outros lugares, mais distantes do centro, o que levou o engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima a associar-se com João Borges de Figueiredo e João Augusto Garcia para comprar terrenos na região da Rua da Real Grandeza, atual Avenida Paulista, e fundar ali a primeira avenida totalmente planejada do Estado.
A Paulista foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891. Seu nome deveria ser Avenida das Acácias ou Prado de São Paulo, mas Lima decidiu por Avenida Paulista, em homenagem aos nascidos no Estado.
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Rua residencial
Antes de se tornar centro financeiro da cidade, ou mesmo de assumir sua atual vocação cultural, a Paulista foi uma via predominantemente residencial. Seus primeiros moradores eram Barões do Café, fazendeiros e novos ricos, o que, segundo a Associação Paulista Viva, explica a mistura de estilo dos casarões, que iam do florentino ao art-nouveau, passando pelo neoclássico e o classicismo francês, entre outros.
Hoje restam pouquíssimos representantes dessa época na avenida, um deles é a Casa Horácio Sabino, que foi a primeira construção art-nouveau do país, e outro é a Casa das Rosas, projetada pelo escritório do arquiteto Francisco Ramos de Azevedo, no estilo clássico francês.
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A Casa das Rosas teve sua construção concluída em 1935. Com cerca de 30 cômodos, o imóvel foi o lar dos herdeiros de Ramos de Azevedo até a década de 1980, quando o governo do Estado decidiu desapropriar o local para preservá-lo.
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A época dos “espigões”
A década de 1950 foi um marco para a Paulista. Isso porque, no período, a avenida passou por uma grande transformação em sua paisagem, com a derrubada dos casarões para dar lugar aos “espigões”, que nada mais eram do que edifícios comerciais com cerca e 30 andares.
Foi nesta época que a Paulista teve suas calçadas alargadas e o desenho do mapa do Estado passou a fazer parte de sua paisagem, porém, formado por mosaico português.
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Cultura
Ainda que o MASP tenhas sido inaugurado em 1968, pela rainha do Reino Unido, Elisabeth II, ocupando o espaço onde antes funcionava o Belvedere Trianon, um local com salões de festas e confeitarias, que era ponto de encontro da elite paulistana, a vocação cultural da Paulista se solidificou nos anos de 1990, quando muitas empresas deixaram a Avenida, passando a habitar a região da Berrini.
A partir de então, centros comerciais e culturais passaram a fazer parte da Avenida, que hoje conta, entre outros lugares, com o Itaú Cultural, o Sesc Avenida Paulista, a Japan House, o Instituto Moreira Salles, entre outros.
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Além disso, a via, que costumava abrigar os desfiles de Carnaval das décadas de 1920 e 1930, também passou a ser palco de manifestações políticas, esportivas e culturais, como a Corrida Internacional de São Silvestre, a Parada do Orgulho LGBT, que é a maior do mundo, e o Réveillon de São Paulo, atualmente, suspensos por conta da pandemia de Covid-19.
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