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Cotidiano
Fiscais do Procon-SP estão orientados a autuar os comerciantes na tentativa de coibir o chamado 'golpe das frutas'; entenda
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Fiscais do Procon estão orientados a autuar os comerciantes na tentativa de coibir o chamado 'golpe das frutas'; entenda | /Gero Rodrigues/Ofotográfico/Folhapress
Donos de barracas no Mercado Municipal, no centro de São Paulo, serão multados caso não exponham os preços dos produtos vendidos.
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De acordo com o diretor-executivo do Procon de São Paulo, Fernando Capez, os fiscais estão orientados a autuar os comerciantes na tentativa de coibir o chamado "golpe das frutas". "A cobrança de um valor que não está exposto de forma ostensiva é considerada abusiva", diz ele.
As multas são calculadas de acordo com o faturamento do estabelecimento, mas podem chegar a R$ 200 mil, de acordo com o diretor-executivo.
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Nesta terça-feira (15), a concessionária que administra o Mercadão, a Mercado SP SPE, interditou três boxes de venda de frutas após novas denúncias.
A concessionária que administra o Mercado Municipal Paulistano multou donos de bancas acusados de cobrar valores abusivos por bandejas de frutas que chegam a R$ 800, segundo relatos nas redes sociais.
Os consumidores relatam também que são coagidos a experimentar pedaços de frutas oferecidos de graça pelos comerciantes. A tática inclui chamar a atenção dos clientes com espécies ditas exóticas.
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No corredor onde há maior concentração de barracas de frutas, os vendedores abordam os visitantes com tâmaras recheadas com morango, além de pedaços de lichia branca e de achachairu, uma fruta nativa da Bolívia vendida como afrodisíaco.
Se o cliente aceita as frutas oferecidas, segundo a queixa, os vendedores passam a insistir para que a vítima compre em quantidades maiores do que foi pedido.
Uma vez que o consumidor se distrai, o vendedor volta com a bandeja pronta com mais frutas do que havia pedido. O quilo da cereja importada, por exemplo, é vendido a R$ 100. A mesma fruta no mercado municipal Kinjo Yamato, localizado em frente ao Mercadão, custa R$ 50 o quilo.
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Outra forma bastante difundida de convencer clientes a se aproximar da barraca é empurrar a fruta pelo preço de 100 gramas, e não pelo quilo, o que seria mais barato.
Além disso, eles costumam perguntar a cidade de origem do visitante e, dependendo da resposta, a conta fica mais ou menos cara.
Caso se recusem a pagar a conta, clientes dizem que são xingados pelos vendedores.
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Há também relatos de comerciantes que alteram o valor na hora que o cliente digita a senha na máquina de cartão.
Desde a última segunda (14), agentes descaracterizados do Procon têm visitado o Mercado Municipal em busca de flagrantes das práticas abusivas. Ainda não foi registrada nenhuma ocorrência.
A Polícia Civil também abriu inquérito para verificar as irregularidades.
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A Prefeitura de São Paulo concedeu a administração do Mercado Municipal à iniciativa privada em abril do ano passado, quando a concessionária Mercado SP SPE S.A. ofereceu R$ 112 milhões pelo controle do ponto turístico pelos próximos 25 anos.
O negócio incluiu o Mercado Kinjo Yamato. Foram previstos R$ 83,1 milhões pelo restauro e reforma do edifício histórico.
Em nota, a Mercado SP SPE S.A. afirmou que orienta todos os lojistas a exibirem sempre os preços nos produtos. "Alguns inclusive foram advertidos", diz a empresa.
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