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Cotidiano
Foram mais de 170 mil processos somente nos 10 primeiros meses do ano; um aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2020
06/01/2022 às 16:28 atualizado em 06/01/2022 às 16:32
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CAPITAL_Fachada do Fórum da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo_Reprodução-TV Globo | REPRODUÇÃO-TV GLOBO
O trabalhador paulistano demonstrou grande procura por direitos trabalhistas no último ano. De acordo com balanço dos registros dos primeiros dez meses de 2021 foram cerca de 22 ações do gênero identificadas a cada hora, em média, neste período.
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No total, foram 170,2 mil processos trabalhistas recebidos entre janeiro e outubro de 2021 contra 160,5 mil no mesmo período de 2020, o que representa um aumento de 13% na demanda pelos serviços na Capital.
O cenário pode ser explicado pelo agravamento da pandemia de Covid-19, período no qual as demissões ocorreram com maior frequência. Além disso, o atendimento presencial nos fóruns foi comprometido por motivos de segurança sanitária. O texto conta com informações do g1.
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Veja abaixo os principais motivos que fizeram os paulistanos procurarem a Justiça do Trabalho:
Segundo o advogado e mestre em direito do trabalho, Maurício Nahas Borges, dois motivos explicam aumento na procura por ações trabalhistas.
"Primeiro motivo seria uma demanda reprimida, que com o advento da pandemia no início de 2020 e fechamento não só de bares e restaurantes, mas a própria Justiça do Trabalho ficou fechada, escritórios ficaram fechados, então, muitas pessoas deixaram de procurar seja o sindicato ou advogados particulares. O segundo motivo é que mesmo com o benefício emergencial, suspensão ou redução dos contratos, muitas empresas realmente deixaram de funcionar, quebraram ou deixaram de existir, muitas empresas sem conseguir pagar suas verbas rescisórias", esclareceu.
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O setor de comércio varejista foi o que mais esteve apontado em processos trabalhistas em 2021. Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários, acredita que o efeito possa estar relacionado ao home-office.
"Era pacífico que o trabalhador perdendo a ação ele pagaria uma parte para o empregador. O Supremo eliminou isso, então, é uma possibilidade remota do trabalhador ser obrigado a pagar a perícia ou pagar a sucumbência", declarou.
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