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Cotidiano
Segundo o levantamento, 92% das pessoas ouvidas afirmaram que o contexto de vulnerabilidade em São Paulo se acentuou em 2021
09/12/2021 às 16:08
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Pessoas em situação de rua na região central da Capital | /Jorge Araujo/Fotos Públicas
Uma pesquisa feita na cidade de São Paulo revelou que a grande maioria dos paulistanos acredita que a população de rua aumentou no último ano e percebe uma piora na situação da fome e pobreza na cidade que é a mais rica do País. Os dados são do estudo Viver em São Paulo: Assistência Social, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica).
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Segundo o levantamento, 92% das pessoas ouvidas afirmaram que o contexto de vulnerabilidade em São Paulo se acentuou. Além disso, 98% dos moradores da zona oeste que participaram da pesquisa deram destaque ao tema, ao responderem sobre sua percepção social. O texto conta com informações do R7.
O aumento dos pedidos de esmola é o principal indicador da piora social na opinião de 45% dos respondentes, enquanto 39% citaram a presença de pessoas trabalhando em semáforos.
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A pesquisa ainda mostra que 88% dos paulistanos afirmaram perceber um crescimento na população de rua no último ano, esse percentual chega a 96% entre moradores da região oeste. Na área central da cidade, as pessoas que compartilham desta percepção representam 94% do total ouvido.
Quando perguntados sobre os motivos que explicam essa percepção, oito em cada dez paulistanos disseram que o crescimento da população que vive nas ruas está relacionado à alta do desemprego ou perda de renda. O aumento do custo de vida foi a razão apontada por 61% dos entrevistados.
Dois terços dos paulistanos dizem ver mais famílias em situação de rua. Os entrevistados das classes sociais A e B somam 71% dos que compartilham desta opinião.
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O estudo também mostra a visão dos paulistanos sobre crianças em cenário de vulnerabilidade social. Um terço dos entrevistados tem percebido mais crianças e adolescentes nas ruas de São Paulo. Moradores da zona norte também demonstram essa preocupação e 45% deles afirmam ver mais menores de idade socialmente excluídos.
Censo da população de rua
O último Censo da População em Situação de Rua foi realizado em janeiro de 2020 e considerou dados coletados em 2019. Naquele levantamento foram identificadas 24,3 mil pessoas sem teto na cidade de São Paulo. Previsto para sair em janeiro de 2022 o novo Censo já está em fase de finalização.
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O Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo estima que, neste ano, sejam mais de 66 mil pessoas em situação de rua na capital.
Soluções
A pesquisa também ouviu os paulistanos sobre as soluções que eles apontam para ajudar na mudança deste cenário. As principais medidas apontadas foram desenvolver políticas públicas, oferecer cursos de capacitação profissional e ampliar a rede de atendimento socio-assistencial.
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Mais de metade dos respondentes (63%) afirmou que, para combater a pobreza, o poder público deveria criar políticas de garantia de emprego. Seis em cada dez entrevistados acreditam que contas básicas, como de água e de luz, deveriam ter redução de valor para a população vulnerável. Outra solução seria a doação de cestas básicas ou alimentos.
A pesquisa Viver em São Paulo: Assistência Social realizou 800 entrevistas presenciais e online com moradores da capital paulista com 16 anos ou mais, entre os dias 10 e 26 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
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