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Cotidiano

Vaticano intervém no Mosteiro de São Bento, em SP, após denúncias de assédio

A igreja católica decidiu adotar, recentemente, regras mais duras em relação ao suposto acobertamento de abusadores de dentro da instituição

06/12/2021 às 18:23

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Mosteiro de São Bento, no centro histórico de SP

Mosteiro de São Bento, no centro histórico de SP | Mário Ângelo/Folhapress

Depois de ter tomado conhecimento de acusações de casos de abuso sexual que teriam sido cometido por religiosos a jovens menores de idade, o Vaticano decidiu intervir no tradicional Mosteiro de São Bento, em São Paulo.

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A igreja católica decidiu adotar, recentemente, regras mais duras em relação ao suposto acobertamento de abusadores de dentro das instituições religiosas em resposta às denúncias de assédio ocorridas em várias partes do mundo. O texto conta com informações do g1.

Um dos jovens que denunciou os religiosos concedeu entrevista ao Fasntástico e revelou que era menor de idade, quando iniciou um curso de arte e de canto gregoriano no Mosteiro. Ele tinha 16 anos à época.

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"Você vai para um lugar onde acha que é um lugar que existe a presença de Deus, e você conhece mais a face do demônio", relata. 

O rapaz afirma que a tentativa de abuso sexual ocorreu em uma sala de música. "Ele aproveitou, fechou a porta e trancou. Veio na minha direção e começou a me forçar pra baixo. Com o objetivo de um ato de sexo oral. Eu tirei a mão dele. Fiquei um pouco nervoso, falei que queria sair de lá, queria voltar para onde estavam os outros meninos. E ele falou: 'Calma'. E aí abriu a porta e me levou de volta", conta. 

Rafael Bartoletti, conhecido como Irmão Hugo, é acusado por pelo menos dois jovens de assédio sexual. Um dos jovens, que trabalhava no local como alfaiate, disse que recebeu do religioso mensagens com teor de importunação sexual. Ele entregou o material à polícia.

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Em junho do ano passado, após cerca de 1 ano de investigação, quatro religiosos foram acusados pelo Ministério Público de São Paulo, por abuso sexual. Um dos acusados acabou falecendo de Covid em dezembro do ano passado, mas os demais continuam respondendo ao processo. Eles negaram o crime ao serem ouvidos pela polícia.

O Mosteiro de São Bento divulgou uma nota sobre os casos na qual diz que repudia e que não tolera eventuais desvios de conduta de quaisquer de seus membros. Segundo a entidade, os acusados estão respondendo à lei e também à Justiça eclesiástica. Eles foram afastados das atividades no local.

Os monges dizem manifestar tristeza, solidariedade e pedem perdão por eventual má-conduta desses ex-membros às possíveis vítimas.

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