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Cotidiano

Pop Plus rola neste fim de semana e abre discussão para moda plus size

Evento ocorrerá nos dias 4 e 5 de dezembro e contará com 80 estandes de lojas, presença de blogueiras, debates, gastronomia e decoração

03/12/2021 às 12:19  atualizado em 03/12/2021 às 13:52

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Pop Plus a feira de moda plus size

Pop Plus a feira de moda plus size | Foto: Robson Leandro

De poucos anos para cá, o termo plus size começou a ter mais notoriedade. A tradução? Tamanho maior. Sempre houve pessoas gordas, porém a moda no Brasil -quase- nunca foi acessível para elas. As coisas começaram a mudar e, neste fim de semana, dias 4 e 5 de dezembro, vai acontecer mais uma edição da Pop Plus, a maior feira do segmento Plus Size da América Latina.

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Público não falta no País, apesar da resistência de parte da indústria da moda. Segundo dados do IBGE, a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no País entre 2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%. Nesse período, a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2%, enquanto a obesidade masculina passou de 9,6% para 22,8%.

Nesse cenário, o Pop Plus vai acontecer na avenida Paulista, 735, no Club Homs, das 10h às 20h, com entrada gratuita. O evento contará com diversos debates, e claro, com moda. Serão cerca de 80 estander de lojas e contará com um brechó de influenciadoras gordas, presença de blogueiras do segmento, gastronomia e decoração.

A empresária, comunicadora, DJ e ativista Flávia Durante idealizou a Pop Plus há uma década e se tornou referência de luta para esse segmento. “Vejo a mudança que rolou nos últimos dez anos muito mais pelas pessoas gordas que se movimentaram para melhorar esse panorama do que pela indústria de moda já existente. A Pop Plus é um reflexo da lacuna que existia, pois a moda feita para pessoas gordas há dez anos visava apenas escondê-las. Não havia tendência ou formação de um mercado focado naquele nicho”, disse Flávia Durante, em entrevista para a Baazar.

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A feira traz visibilidade para pequenos empreendedores no nicho e chama a atenção para esse público ainda tão carente de representatividade, e é considerada renascimento e libertação para mais de 54 mil pessoas, seu público atingido no ano de 2019.

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Uma das maiores referências de modelo Plus Size do Brasil, Gabriela Caroli conversou com a reportagem da Gazeta e explicou sobre a luta diária desse segmento. "A luta agora é para a democratização da moda, para que o consumo dessas roupas aumente e os preços caiam. Hoje temos informação de moda com o preço muito alto, ou roupas muito básicas com o preço acessível. Não é fácil para qualquer pessoa ter acesso a essas roupas, mesmo que elas existam", disse.

Gabi também relatou sobre o avanço dos últimos anos. ''O que acaba acontecendo é que o preenchimento dessa lacuna de informação de moda com o preço mais acessível é um site chinês. E não é o ideal, gostaríamos de comprar com os pequenos empreendedores, das mulheres empreendedoras aqui do Brasil que usam tecido nacional, mão de obra daqui, isso ainda vai acontecer, estamos caminhando para isso. É um avanço enorme perto do que já foi", completou a modelo. 

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Um relatório divulgado pela Associação Brasil Plus Size (ABPS) revelou que os segmentos do vestuário para homens e mulheres acima do peso no Brasil avançaram 21% nos últimos três anos e devem manter o ritmo de crescimento na casa dos 10% neste e nos próximos exercícios. Movimentando aproximadamente R$ 5 bilhões por ano, esse mercado vem quebrando padrões e ganhando cada vez mais adeptos, lojas, modelos e profissionais.

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Também em entrevista à Gazeta, a influenciadora Jéssica Lopes, referência em estilo e personalidade do segmento Plus Size, relatou a situação do segmento.

''Ainda é um mercado composto principalmente por marcas independentes, criadas por mulheres que vivem a dor de não ter seus corpos reconhecidos e atendidos, o que consequentemente ainda torna esse um nicho caro e pouco acessível financeiramente para a grande população. Eu como mulher gorda, atuante no mercado da moda, fico feliz e comemoro cada conquista e avanço do mercado", disse.

"Em um mundo ideal chegaremos no lugar de que não será preciso marcas especializadas apenas em plus, pois todas trabalharão com todos os tamanhos, mas enquanto isso, vibramos pelas pequenas conquistas e pelos eventos acolhedores que proporcionam um espaço de inclusão, como o Pop Plus", completou Jéssica. 

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O evento leva moda, cultura, decoração e, além disso, é capaz de transformar e libertar diversas pessoas de um estereótipo de pessoas gordas criado pela sociedade. Ainda não há data para a próxima edição. 

*Sob supervisão de Bruno Hoffmann

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