A+

A-

Alternar Contraste

Quinta, 19 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Pastoral Povo de SP é impedida por GCM de doar comida na cracolândia

Agentes da Guarda Civil Metropolitana impediram o padre Julio Lancelloti e sua equipe de realizarem a ação

18/11/2021 às 15:41

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Voluntários entregam marmitas e cobertores a moradores em situação de rua na cracolândia

Voluntários entregam marmitas e cobertores a moradores em situação de rua na cracolândia | Gustavo Luizon/Mangueio

O padre Julio Lancelloti, que é coordenador da Pastoral Povo da Rua de São Paulo, foi impedido, junto com o sua equipe, entregar comida na cracolândia, região central da Cidade, em uma ação de agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana), nesta quarta-feira (17).

Continua depois da publicidade

Para o padre, houve abuso dos agentes, que informaram ao grupo que naquele horário, por volta das 15h, era proibida a distribuição de comida. Segundo Lancelloti, a distribuição já foi feita neste mesmo horário em outras ocasiões e a chegada do grupo para a distribuição das refeições depende da quantidade de comida que está sendo preparada. Além dos pratos, o grupo também levou água para as pessoas. 

"Passamos pela barreira da GCM e eles vieram atrás. Vimos que não estava tendo limpeza e nem início de tumulto por ali. A gente sabe que nestas situações não pode ficar. Mas não estava tendo nada disso. Eles disseram que a partir de agora tem horário e que tínhamos que sair. É um abuso sem dúvida", reclamou o padre, que afirmou à reportagem que teria trocado mensagens com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e que este lhe teria dito de que não há nenhuma orientação sobre horários para entrega de comida. 

Continua depois da publicidade

Em uma foto tirada pelo religioso é possível ver uma guarda segurando a arma em mãos. "Eles pressionaram tanto que o povo que estava na fila para pegar comida foi embora", reforçou Lancelloti. 

"E tem um jogo atrás disso. Eles não querem que haja acompanhamento dessas pessoas. O nosso objetivo é uma aproximação, humanização da situação para com isso ganhar a confiança e tentar tirar as pessoas dessa vida. Pode acontece ou não, claro, mas se você não se aproxima. Eles ficam no isolamento absoluto, completo, só com as forças de repressão", acrescentou. 

Sem sucesso na distribuição por ali, o grupo se dirigiu até a praça Princesa Isabel, onde conseguiu fazer a entrega para moradores de rua da região. 

Continua depois da publicidade

Questionada sobre o posicionamento da GCM, a Prefeitura de São Paulo não respondeu à reportagem até a publicação deste texto.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados