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Cotidiano
Edifício que serve como base da Rota foi projetado por Ramos de Azevedo e guarda passeio secreto
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Fachada do Quartel da Luz. Batalhão Tobias de Aguiar (ROTA) | /Rubens Chaves/Folhapress
Quem passa pela Avenida Tiradentes, número 440, não deixa de notar o imponente prédio amarelo, que serve como base da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, a Rota.
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Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o prédio batizado como Quartel da Luz, e conhecido como Mansão da Rota, foi fundado em 1892. Porém, começou a ser idealizado em 1887, quando o Barão de Parnaíba elaborou um projeto do quartel, diante da necessidade de acomodar melhor o antigo Corpo Policial Permanente, a Guarda Local e a Guarda Urbana, que formavam a Força Pública da Província de São Paulo durante o período monárquico.
No ano seguinte, em 1888, o então presidente da Província, Pedro Vicente de Azevedo, deu início à construção, que foi inspirada nas fortalezas medievais.
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Construção
Segundo historiadores, assim como ocorreu com outros casarões e monumentos da cidade de São Paulo, o quartel da Luz utilizou muito material vindo do exterior em sua construção. Os tijolos, por exemplo, vieram da Itália, enquanto as telhas foram trazidas da França.
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Outra curiosidade diz respeito à cor utilizada no prédio, que teria sido escolhida pelo fato do projeto ter como base o quartel da Legião Estrangeira Francesa, localizada no Marrocos, que, por sua vez, teria optado pelo amarelo mostarda para se confundir com a paisagem do deserto.
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Túneis e monumentos
Com quase 130 anos de história, o Quartel da Luz guarda monumentos interessantes. Na chaminé é possível observar os vestígios dos canhões disparados pelas forças legalistas na Revolta Paulista de 1924, que tinha como objetivo depor o presidente Artur Bernardes.
Já no pátio é possível ver um monumento em homenagem aos 12 soldados paulistas mortos durante a Guerra de Canudos, em 1897, e outro em memória aos soldados que morreram durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
Fardas antigas e imagens históricas compõem ainda o acervo de um museu, localizado no subterrâneo do prédio, que foi construído com cerca de três quilômetros de túneis. As passagens secretas ligavam o quartel a outras unidades de segurança.
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