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Cotidiano
Caso aconteceu no Shopping Iguatemi, onde a moça afirma ter se sentido intimidada diante da atuação dos seguranças e dos vendedores de uma loja
04/11/2021 às 18:27
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Carol Dias Tozaki | Reprodução/Instagram
A modelo Carol Tozaki que trabalha em Londres e estava em visita a São Paulo, afirma ter sofrido um episódio de racismo enquanto caminhava pelos corredores do Shopping Iguatemi, conhecido por suas lojas de marcas de luxo, na zona oeste da capital paulista.
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O caso aconteceu na quarta-feira (3) quando Carol foi até o centro comercial para comprar uma jaqueta e, segundo ela, passou a ser observada de forma diferente pelos seguranças do local. As informações são do G1.
O que era para ser um dia "supercontente" acabou se tornando um desabafo sobre o racismo que a moça afirma existir em São Paulo. "Eu amo São Paulo, mas não tenho vontade de ficar aqui e morar aqui, porque aqui as pessoas são muito racistas e preconceituosas. Não importa se você tem dinheiro e se tem condição".
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Em suas redes sociais, a modelo continuou o relato. "Você pode ter condições de vir aqui, de comprar, pode estar com bolsa cara, com relógio caro, que vão te olhar estranho", contou a modelo. No desabafo, a moça diz que os seguranças do shopping olharam "estranho" para ela.
Carol disse que chegou a pensar que os seguranças a estavam admirando. "Fiquei pensando: será que tão me achado bonita? Eu me senti muito mal, acabaram com meu dia, de verdade", continuou.
O tratamento foi reproduzido também pelas vendedoras da loja onde a modelo queria comprar a jaqueta. Ela diz que as vendedoras a "ficaram olhando dos pés à cabeça".
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"Este é um dos motivos por que o Brasil não vai para frente, porque há muito preconceito. E isso é muito triste. Eu fiquei muito triste, pois um país com tanta miscigenação, que tinha tudo para ser um país de primeiro mundo, tem isso. As pessoas aqui são preconceituosas. Não importa de onde você venha, eles vão te julgar pela tua pele e pelo jeito que você está vestida" (Carol Tozaki)
Procurado pela reportagem do G1, o Shopping Iguatemi ainda não havia se pronunciado até a publicação dessa notícia.
Caso "Zara zerou"
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Não é a primeira vez que o nome da rede de shoppings Iguatemi esteve ligado a suspeitas de racismo. Em outubro deste ano a Polícia Civil do Ceará trouxe à tona o caso da loja da Zara, na unidade da rede Iguatemi, em Fortaleza, onde os vendedores anunciavam pelo rádio toda vez que uma pessoa preta entrava no recinto. Nas ocasiões, os vendedores usavam um "código" conhecido entre eles como "Zara zerou".
O Procon chegou a pedir explicações à Zara sobre o episódio que só foi descoberto pela Polícia depois que uma delegada foi expulsa da loja. As investigações seguem em curso.
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