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Cotidiano
Bancos das missas estavam preenchidos por devotos e 80 pessoas aguardavam em fila sua vez de visitar da imagem do santo das causas impossíveis
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Santuário São Judas Tadeu, na zona sul de São Paulo | Reprodução/GoogleStreetView
O Santuário São Judas Tadeu, na zona sul da cidade de São Paulo, recebeu fiéis nesta quinta para a comemoração do dia do santo. Pela manhã, os bancos das missas estavam preenchidos por devotos e cerca de 80 pessoas aguardavam em fila sua vez de visitar da imagem do santo das causas impossíveis.
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"A pandemia está sendo uma luta e estamos vencendo. Então, além de pedir, venho agradecer", explica o aposentado José Santos, 65, que comparece todo ano às celebrações de São Judas Tadeu.
No ano passado, a paróquia recebeu 100 mil fiéis para as comemorações, mesmo com medidas restritivas por causa da pandemia de coronavírus. A expectativa inicial para 2021, segundo o padre Daniel Campos, administrador paroquial do santuário, era de um número maior de pessoas, próximo ao de 2019, quando cerca de 300 mil pessoas estiveram presentes.
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A aposentada Conceição dos Santos, 71, não compareceu à celebração em 2020, mas, nesta quinta-feira, estava sentada na primeira fileira de bancos para assistir à missa das 9h. "No ano passado, assisti pela televisão, mas, neste ano, depois que tomei a 3ª dose da vacina, eu vim", conta.
Como uma tradição estabelecida por sua mãe, Conceição comparece todo ano na celebração do dia de São Judas Tadeu. "Minha mãe era muito devota e vínhamos só eu e ela. Hoje, ela está lá em cima e eu sigo o caminho dela", explica a aposentada.
Neste ano, o Santuário programou 12 missas, sendo a primeira iniciada às 5h. Para auxiliar nos trabalhos, a paróquia conta com voluntários e, nesta quinta-feira, a aposentada Ana Esmera Soares, 72, foi uma das pessoas que acordou cedo para ajudar.
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"Hoje, eu saí cedinho, levantei às 4h da manhã, peguei o ônibus e vim com meu marido e uma amiga. Trabalhei das 7h às 9h", relata a aposentada, que mora no bairro Campanário, em Diadema (Grande São Paulo).
Ana Esmera diz estar pedindo por um emprego para seu filho, que foi demitido e está em um serviço temporário. "Agora, está muito difícil de arrumar emprego, mas Deus vai abençoar ele", diz.
As motivações dos voluntários são as mais diversas. A professora aposentada Edite Barros, 79, e a coordenadora de escola Sônia Dinanni, 68, trabalham na Festa de São Judas há 13 e 18 anos, respectivamente.
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"Sou voluntária porque alcancei um milagre. Tirei meu filho das drogas e coloquei minha obrigação de vir todo dia 28 aqui", diz Sônia.
Edite, por sua vez, começou como voluntária após ter feito um pedido para que sua irmã tivesse uma melhora em seu estado de saúde. "Eu venho trabalhar aqui por duas horas uma vez por mês. Em 28 de outubro, passo o dia todo trabalhando", relata.
Hoje, além de agradecer por sua irmã, Edite faz outro pedido para São Judas. "Preciso fazer um transplante de córnea e faz dois anos que estou na fila pelo SUS. Tenho fé que vou ser operada desse olho logo", diz a professora aposentada.
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Além das missas, a programação incluiu bênçãos de meia em meia hora, atendimento de confissões e o tradicional Bolo de São Judas. Pelo segundo ano consecutivo, o doce, que era partido e distribuído no dia da festa, está sendo vendido em embalagens individuais e descartáveis.
O contador Antônio Lisboa, 64, levou seu pedaço de bolo para casa nesta manhã. Ele costuma vir até a paróquia todo dia 28 de outubro para celebrar. "Tudo que eu tenho até hoje e tudo que eu fiz foi São Judas que me ajudou", diz.
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