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Cotidiano
A ação teve como objetivo conscientizar a população de que os postos não são responsáveis pelo encarecimento do combustível
30/09/2021 às 17:16 atualizado em 30/09/2021 às 17:17
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Fila em posto na marginal Tietê, em São Paulo. | Adriano/Adriano Vizoni/Folhapress
Filas de motoristas se formaram desde as 2h40 desta quinta-feira (30) no posto Super 9, no bairro Bela Vista, após o local anunciar que ofereceria gasolina a R$ 0,40 o litro. Entre 11h às 13h, cerca de 400 veículos puderam encher o tanque com o máximo de 10 litros do combustível com preço promocional.
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O publicitário Rodrigo Moreira Gonçalves, 29 anos, morador de Taipas (zona norte), foi o primeiro da fila. Ele trabalha como motorista de aplicativo para complementar a renda e elogiou a iniciativa do revendedor. "[A campanha] Ajudou muitas pessoas neste momento em que o país passa por uma crise", afirma.
Gonçalves relata que colegas têm deixado de tomar o café da manhã para conseguir abastecer o carro, o que já aconteceu algumas vezes com ele mesmo. "Hoje, a gente pensa duas ou três vezes antes de tirar o carro da garagem para trabalhar [por causa do preço da gasolina], além da taxa de repasse dos aplicativos, que estão cada vez menores", observa.
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Segundo da fila, o motorista de aplicativo Valdir Maciel, 35, morador do Horto Florestal (zona norte), afirma que consegue rodar aproximadamente 250 quilômetros com 10 litros de gasolina, garantindo dois dias de trabalho com custos menores. Ele chegou às 3h no local.
"Para a gente, que é motorista de aplicativo, ajuda muito. O preço da gasolina tem sido o grande vilão da nossa profissão", avalia. Para ele, a categoria e toda população deveria se unir e protestar contra a alta do combustível, visando pressionar os poderes federal e estadual a diminuir encargos.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) acompanhou a movimentação e não houve registro de confusão.
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A campanha Combustível Transparente, promovida pela AbriLivre (Associação Brasileira dos Revendedores de Combustíveis Independentes e Livre), tem como objetivo conscientizar a população de que os postos não são responsáveis pelo encarecimento do combustível.
O preço, de R$ 0,40 o litro, é a margem média bruta de lucro dos revendedores, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). "É com esta quantia que os postos pagam os funcionários, o aluguel, o IPTU, as taxas e licenças ambientais", aponta Rodrigo Zingales, diretor executivo da AbriLivre.
Zingales complementa que o encarecimento dos combustíveis diminui o volume de vendas e os postos estão sendo tão prejudicados quanto os consumidores. "Eles estão com dificuldade para pagar as contas, se endividando, e com problemas para manter o negócio vivo", diz.
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Na capital paulista, o valor médio do litro da gasolina é de R$ 5,788, ultrapassando R$ 6 em algumas localidades. O etanol, que antes era sinônimo de economia, também está pesando mais no bolso do consumidor, custando em média R$ 4,524 o litro na cidade de São Paulo. Veja dicas para economizar gasolina.
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