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Cotidiano
Batizado de Alexandre Mackenzie, edifício localizado no centro da Capital tem quase 100 anos e já abrigou uma empresa de energia
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Edifício Alexandre Mackenzie, que abriga o Shopping Light | /Divulgação
Quem passa pelo centro da cidade de São Paulo, mais precisamente na esquina do Viaduto do Chá com a rua Coronel Xavier de Toledo, não deixa de reparar na construção de janelas vermelhas, que hoje abriga o Shopping Light, o Edifício Alexandre Mackenzie.
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Popularmente conhecido como “Prédio da Light”, o imóvel é um dos ícones arquitetônicos do centro da Capital. Fundado em 1929, o Edifício Alexandre Mackenzie ganhou esse nome em homenagem a um diretor da The São Paulo Tramway, Light and Power Co. Ltd, que solicitou o projeto do prédio, cujos autores foram os arquitetos norte-americanos Preston e Curtis e a construção foi feita pelo escritório Severo, Villares & Cia, do engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo.
Segundo historiadores, a empresa de origem canadense The São Paulo Tramway, Light and Power Company chegou a São Paulo em 1899 para ser a responsável pela geração e distribuição de energia elétrica na cidade, além de responder pelo transporte público de bondes. Primeiramente, ela se instalou em salas alugadas na Rua São Bento, mas com o crescimento foi obrigada a mudar diversas vezes, até adquirir o terreno do antigo Theatro São José, que foi demolido, para dar lugar ao Edifício Alexandre Mackenzie.
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Fim de uma era
O imóvel foi a sede da Light até o final da década de 1970 e ficou conhecido como “Prédio da Linght” porque as pessoas tinham que ir até a sede da empresa para pagar a conta de luz.
Durante a ditadura militar, entretanto, a Eletrobrás adquiriu o controle societário da Light e, em 1981, durante o governo de Paulo Maluf, o estado de São Paulo comprou a parte paulista da empresa e fundou a Eletropaulo, que passou a ocupar o edifício.
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A Eletropaulo chegou a ser uma das maiores distribuidoras de energia do mundo e uma das maiores estatais de São Paulo, com cerca de 27 mil empregados. A estatal existiu até 1997, quando começou sua privatização e passou a se chamar AES Eletropaulo. Hoje, a distribuição de energia na cidade é feita pela Enel Distribuição São Paulo.
Ainda no período da Eletropaulo, em 1984, o Edifício Alexandre Mackenzie foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), visto o nascente interesse do mercado imobiliário da época na região.
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Um novo rumo
Com a extinção da Eletropaulo, o prédio passou a abrigar um centro de compras: o Shopping Light, que funciona no local desde 1999. O shopping surgiu de um consórcio com o Fundo Birmann, que ganhou a concessão do imóvel por um período de 50 anos.
Desde 2015, entretanto, quem administra o Shopping Light é a holding israelense Gazit, que, segundo matéria da Veja São Paulo, o adquiriu por R$ 140 milhões. Com isso, o shopping deixou, por exemplo, de cobrar pelo uso do banheiro, o que acontecia até meados do ano passado.
Nos próximos meses, a Gazit pretende investir R$ 10 milhões no shopping para reformar o rooftop, que costuma receber festas, além de construir novas lojas e restaurantes. A ideia é transformar o centro de compras em outlet e passar a atrair a classe B.
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