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Cotidiano

'Call center do golpe': quatro mulheres são presas na zona oeste de SP

Suspeitas se passavam por funcionárias de agências bancárias e convenciam vítimas a entregar cartões de crédito a um motoboy

15/09/2021 às 18:19

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Quatro jovens foram presas suspeitas de atuarem em 'call center do crime' em São Paulo

Quatro jovens foram presas suspeitas de atuarem em 'call center do crime' em São Paulo | Divulgação/Polícia Civil

Foram presas na tarde desta quarta-feira (15) quatro mulheres suspeitas de trabalharem em um call center ilegal, aplicando golpes em idosos. A central clandestina ficava na região de Perus, na zona oeste da capital paulista e era operada pelas jovens, que têm entre 18 e 19 anos.

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A defesa das mulheres não havia sido localizada até a publicação desta reportagem. Elas foram indiciadas em flagrante por estelionato e associação criminosa.

Na sexta-feira (10), dois irmãos suspeitos de desviar ao menos R$ 13 milhões, fazendo golpes por meio do Pix, também foram presos pela polícia.

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O delegado Jacques Ejzenbaum, titular da 4ª Delegacia do Patrimônio do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) explicou ao Agora, na manhã desta quarta-feira (15), que as suspeitas realizavam ligações somente para aparelhos fixos, geralmente instalados na casa de pessoas idosas.

"Os criminosos ligavam para a vítima, se passando por funcionários de call center de agências bancárias. Pelo fato de fazerem ligações para telefones fixos, a quadrilha conseguia manter a linha aberta, mesmo após as vítimas desligarem para ligarem para um 0800 indicado pelo bando", acrescentou o policial.

Assim que as vítimas ligavam para o 0800 indicado, prosseguiu o delegado titular, a quadrilha acionava uma gravação semelhante à usada pelo banco da vítima, convencendo-a a entregar cartões de crédito e débito para um motoboy, juntamente com as senhas.

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"Eles escolherem o perfil de vítima idosa, justamente pela fragilidade dessas pessoas", argumentou ainda Ejzenbaum.

A polícia chegou até a central criminosa, na zona oeste, após investigar a rotina das suspeitas. Não foram dados mais detalhes para não prejudicar o andamento das apurações, que agora visam a identificação de mais membros eventualmente envolvidos no esquema criminoso.

Policiais do Deic ficaram de campana em frente ao imóvel onde funcionava o call center, quando três das suspeitas saíram, sendo abordadas em seguida.

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De acordo com a 4ª Delegacia, as suspeitas admitiram realizar os golpes, da mesma forma que uma quarta mulher, abordada e presa dentro da central de ligações clandestina. Elas ganhavam 10% dos valores desviados das vítimas, acrescentou a polícia.

O Deic ainda apura o total de vítimas e de dinheiro subtraído pelo bando.

Quando policiais entraram no local, puderam identificar, nos computadores usados pelas suspeitas, três vítimas que caíram no golpe naquele dia. Uma delas, de 77 anos, havia perdido R$ 1.900 para o bando.

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As presas, sendo três com 18 e uma com 19 anos, acrescentaram, segundo a polícia, que aproveitavam também a pandemia da Covid-19 para justificar as abordagens telefônicas às vítimas.

Foram apreendidos quatro computadores, usados no esquema.

Dicas de segurança 

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O delegado Jacques Ejzenbaum, titular da 4ª Delegacia do Patrimônio do Deic orienta para que, caso a pessoa receba uma ligação no telefone fixo, de um suposto funcionário de agência bancária, deve ligar para o banco usando o celular em seguida. 

Caso for confirmado que a instituição bancária não procurou a vítima, ela deve informar à polícia sobre o golpe. 

Caso a pessoa constatar que caiu em um golpe, deve ligar imediatamente para a gerência de sua agência, além de registrar um boletim de ocorrência, para que a polícia identifique os criminosos.

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