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Cotidiano
Bairro cresceu ao redor da Capela de São Miguel Arcanjo e abrigou a primeira indústria química do Brasil
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Fachada da capela de São Miguel Arcanjo em São Miguel Paulista | /Felix Lima/Folhapress
Com quase 400 mil moradores, segundo dados da Prefeitura de São Paulo, baseados em números de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o bairro de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, é tido como o mais antigo da Capital, comemorando 399 anos no final de setembro.
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Sua fundação, contudo, é incerta, visto que as primeiras menções à região datam de 1560, quando ainda era denominada Aldeia de Ururaí. O nome teria sido dado por índios da etnia guaianaz, que habitavam a região, em referência ao rio Tietê.
Tal grupo de índios teria fugido da Vila de São Paulo de Piratininga e sido reencontrado por José de Anchieta, anos mais tarde. Após o reencontro, indígenas e jesuítas construíram uma capela, batizada de Capela dos Índios, que viria a se tornar a Capela de São Miguel Arcanjo, o templo religioso mais antigo do estado.
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Capela de São Miguel Arcanjo
A Capela de São Miguel Arcanjo tem importância vital para a história do bairro. Isso porque foi a partir de sua conclusão, no ano de 1622, que o bairro começou a crescer. Além disso, o aniversário da região comemora-se no dia 29 de setembro, o dia do arcanjo.
Tombada em 1938 pelo Iphan (Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a capela está localizada na praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, e é a única construção no município de São Paulo que, depois da reforma que sofreu no século 17, conserva-se totalmente original, com paredes em taipa de pilão.
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No que diz respeito à praça, ela leva o nome de uma importante figura religiosa da região, responsável pela fundação da nova igreja Matriz de São Miguel, no início da década de 1950, já que a Capela, não comportava o número de fiéis que costumavam frequentar as missas. Vale ressaltar que a praça também é conhecida como Praça do Forró, por ter sido palco de muitos shows do gênero nas últimas décadas.
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Companhia Nitro Química Brasileira
Outro local de extrema importância para o bairro de São Miguel foi a criação da Companhia Nitro Química Brasileira, em 1935. Fundada por José Ermírio de Moraes, ela foi a primeira indústria química moderna do Brasil e, segundo consta, sua implantação teria sido uma resposta de Moraes à liderança das Indústrias Matarazzo na produção de seda sintética.
De acordo com historiadores, o surgimento da empresa, que funciona até hoje, foi responsável por atrair muitos trabalhadores para a região, sobretudo nordestinos, da Bahia e de Pernambuco. Com menos de dez anos de funcionamento, ela já empregava cerca de 4 mil pessoas.
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Dias atuais
Atualmente, a região de São Miguel é conhecida por ser uma das mais populosas da cidade e por ter um forte comércio local.
A principal atração turística da região continua sendo a Capela de São Miguel Arcanjo, que desde 2011, conta com um museu, comporta cerca de 80 pessoas e é muito procurada para batizados e casamentos.
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