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Cotidiano
Boulevard vai se estender por 5 quarteirões da rua Tiers, entre as ruas João Teodoro e Conselheiro Dantas; ambulantes reivindicam trabalhar no local
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Ricardo Nunes (2º da esq. para a dir.), Adilson Amadeu (4º) e representantes da Fevabras | /Edson Lopes Jr/Secom
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) assinou na semana passada um termo de cooperação com a Federação de Varejistas e Atacadistas do Brás (Fevabras) para transformar a rua Tiers, na região central de São Paulo, em um boulevard, com calçadão, paisagismo e aterramento da fiação pública. O investimento no Boulevard Brás, de cerca de R$ 15 milhões, será arcado exclusivamente pela Fevabras.
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Os trabalhadores ambulantes também reivindicam trabalhar no local, mas a prefeitura disse que apenas os cadastrados terão permissão para atuar no futuro calçadão (leia mais abaixo). A previsão é que as obras comecem após o Natal, e devem durar 14 meses. O boulevard vai se estender por cinco quarteirões da rua Tiers, entre as ruas João Teodoro e Conselheiro Dantas.
Segundo Nunes, a ideia é que outros grupos empresariais também possam auxiliar a prefeitura com ações semelhantes em outras regiões. “É uma iniciativa importante dos comerciantes ajudando a cidade de São Paulo”, disse o prefeito.
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Entre as vias que podem receber ações semelhantes estão a Rua das Noivas, que fica na Rua São Caetano, a Rua das Motos, na General Osório, e a Rua das Ferramentas, na Florêncio de Abreu.
O presidente-executivo da Fevabras, Gustavo Dedivits, celebrou a assinatura do acordo com a gestão municipal. “O Brás terá um boulevard fechado, seguro e que propiciará segurança aos seus consumidores. Estamos muito entusiasmados com o projeto”.
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Já o vereador Adilson Amadeu (DEM), que participou das negociações e da assinatura do contrato e que tem a região do Brás e do Pari como base eleitoral, disse que a ação é importante para a volta da valorização da região central da cidade.
“Projeto extremamente importante para a revitalização do centro. Temos que organizar o comércio popular na região central”, disse o vereador.
A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) coordenou o projeto e fez análise do impacto urbanístico da obra. Com a assinatura do termo, a Subprefeitura da Mooca será responsável pelo acompanhamento da obra.
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Ambulantes
A região do Brás é conhecida por ter um alto número de trabalhadores ambulantes. De acordo com secretário municipal de Urbanismo e Licenciamento, César Azevedo, apenas os ambulantes que já possuem autorização da prefeitura, o Termo de Permissão de Uso (TPU), poderão trabalhar no boulevard.
“Aqueles que são ilegais não tem direito algum de negociar com a prefeitura qualquer tipo de espaço público”, disse.
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Nesta terça-feira, um grupo de ambulantes realizou uma passeata contra uma operação realizada em conjunto pela Prefeitura de São Paulo com apoio a Polícia Militar, que impediu a montagem de barracas na região. A principal crítica dos ambulantes é o veto para montagem das barracas na rua Tiers.
O presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, Ronei Rodrigues, reivindica participação dos ambulantes no futuro Boulevard Brás. “Somos fundadores da Feirinha da Madrugada e queremos ter direito de participar desse projeto”, disse ele ao “Agora”.
Rodrigues afirmou que o sindicato representa 8.000 ambulantes na região do Brás, embora somente cerca de 400 tenham TPU. O sindicalista não descartou nova manifestação mais ampla.
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