A+

A-

Alternar Contraste

Sexta, 22 Novembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Reciclagem ainda é desafio na cidade de São Paulo

Apesar da coleta seletiva estar presente em 76% das vias da cidade, apenas 7% do total de resíduos coletados é efetivamente comercializado e reciclado

Gladys Magalhães

28/05/2021 às 14:36

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Para Marcos Matos, da Eureciclo, é preciso investir em educação ambiental e habituar-se a separar o lixo

Para Marcos Matos, da Eureciclo, é preciso investir em educação ambiental e habituar-se a separar o lixo | /Divulgação

No próximo sábado, 05 de junho, celebra-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, e um dos principais desafios da sociedade é lidar com a grande quantidade de lixo produzida pela humanidade. Na cidade de São Paulo não é diferente. Na maior capital do País são coletados diariamente cerca de 20 mil toneladas de resíduos, porém, apenas 7% desse total são efetivamente comercializados e reciclados, segundo revelam dados da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB).

Continua depois da publicidade

Ainda de acordo com a AMLURB, a coleta domiciliar seletiva está presente nos 96 distritos do município de São Paulo, cobrindo 76% das vias, e um total de 40% dos resíduos recolhidos são passíveis de reciclagem. Contudo, a falta de separação na origem acaba dificultando o processo.

Para o diretor de vendas e marketing da Eureciclo (startup focada na reciclagem de resíduos sólidos), Marcos Matos, investir em educação ambiental e deixar a cadeia de reciclagem de alguns materiais, que são mais difíceis de reciclar, economicamente viável, são alguns dos caminhos para mudar esse cenário.

Continua depois da publicidade

“É necessário incentivar os catadores a pegarem os materiais que pagam menos pelo quilo da reciclagem, como o vidro, que paga cerca de R$ 150 a tonelada, frente ao alumínio, por exemplo, que paga R$ de 4 mil a R$ 5 mil a tonelada. Investir em educação ambiental nas escolas também é essencial. É importante que o consumidor crie o hábito de pesquisar se a empresa destina corretamente a embalagem, pressionar para que elas utilizem embalagens melhores, além, é claro, de criar o hábito de separar o lixo, de fazer isso virar parte da rotina (...). Na Alemanha, por exemplo, eles separam em 15 partes diferentes, então, o que é separar só em reciclável ou não?”, argumenta Matos.

Macaque in the trees
Marcos Matos, da Eureciclo - Divulgação

Como funciona a reciclagem?
As empresas de coleta recolhem os resíduos recicláveis nas residências e destinam prioritariamente para as 25 cooperativas habilitadas na Prefeitura. Essas cooperativas ficam com 100% do lucro das vendas dos materiais, gerando renda para cerca de 940 famílias de cooperados.

Continua depois da publicidade

Os resíduos remanescentes são destinados às duas Megas Centrais de Triagem do município, Maria Carolina de Jesus e Ponte Pequena, com capacidade operacional de até 250 toneladas cada, por dia.

Depois de separados nas cooperativas, os resíduos são separados por tipo e prensados. O passo seguinte é a venda para as empresas, que fazem o processo de reciclagem, transformando em nova matéria-prima para novos produtos.

“Somos 7 bilhões de pessoas e se continuarmos a consumir como consumimos, vai chegar uma hora que não terá mais recursos. Reciclar significa utilizar melhor os recursos do nosso planeta e deixar o planeta em condições melhores ou iguais do que você encontrou para as próximas gerações”, ressalta Matos.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Futuro
Em 2019, a cidade de São Paulo lançou o Recicla Sampa, uma plataforma on-line com diversos conteúdos, que visa ampliar a coleta seletiva na Capital.

Além disso, a AMLURB informa que pretende instalar mais 3 mil pontos de entrega voluntária pela cidade, que hoje conta com 5.810 pontos de descarte. “A ampliação para o descarte correto dos recicláveis na cidade de São Paulo é um objetivo constante da Prefeitura, seja por meio da coleta seletiva porta a porta ou pelo descarte voluntário dos materiais nos pontos de entrega”, diz, por meio de nota, o órgão.

Macaque in the trees
A coleta domiciliar seletiva está presente nos 96 distritos do município de São Paulo, cobrindo 76% das vias - Divulgação/PMSP

Continua depois da publicidade

Como você pode ajudar?
No último ano, foram coletadas 94,4 mil toneladas de recicláveis na cidade de São Paulo. De acordo com a AMLURB, esse é o maior número já registrado nos últimos dez anos. Para aumentar esse montante, é importante a colaboração da população, que deve separar o lixo entre reciclável e não reciclável.

Observar as embalagens dos produtos adquiridos, dando preferência para aquelas que são recicladas e para empresas que destinam corretamente seus resíduos também é vital. Bem como, nos lugares onde não há coleta seletiva, fazer parcerias ou se informar sobre onde descartar o lixo.

“Onde não tem coleta seletiva, é possível que os condomínios façam parcerias com cooperativas. Já o consumidor pode levar o seu lixo nos pontos de reciclagem, inclusive, presentes em supermercados”, finaliza o porta-voz da Eureciclo.

Continua depois da publicidade

Macaque in the trees
40% dos resíduos recolhidos são passíveis de reciclagem. Caminho Certo, parceiro Eureciclo - Divulgação

Números da reciclagem
•O Brasil recicla de 3% a 5% do lixo produzido. Na cidade de São Paulo, o percentual é de 7%
•Diariamente, são coletadas cerca de 20 mil toneladas de resíduos na capital paulista, sendo 12 mil do serviço de coleta domiciliar e 8 mil do serviço de varrição.
•Pontos de Entrega Voluntária na Capital: 5810
•Ecopontos: 118
•Total de recicláveis coletados em 2020: 94,4 mil toneladas
•Total de recicláveis coletados até maio de 2021: 27,5 mil toneladas

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados