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Cotidiano
Pelo fato de o carroceiro ter mais de 60 anos, isso também foi usado como medida para aumentar a pena
23/05/2021 às 12:42
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Na sentença, o juiz Luís Gustavo Esteves Ferreira, da 1ª Vara do Júri do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), afirma que o agora condenado assumiu a autoria do crime, cometido por motivo fútil. | Reprodução/Redes Sociais
Denis Young Kim foi condenado a 14 anos de prisão, em regime fechado, nesta sexta-feira (21), pelo assassinato do carroceiro Aldemir Ribeiro Pontes, 63, morto com uma flechada, em 14 de setembro de 2016, na região do Bom Retiro, centro da capital paulista.
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Na sentença, o juiz Luís Gustavo Esteves Ferreira, da 1ª Vara do Júri do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), afirma que o agora condenado assumiu a autoria do crime, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Pelo fato de o carroceiro ter mais de 60 anos, isso também foi usado como medida para aumentar a pena de Kim, seguindo determinação do Código Penal. Nenhum advogado de defesa foi encontrado para comentar a decisão até a publicação desta reportagem.
À época do crime, a investigação do 2º DP (Bom Retiro) indicou que o homicídio ocorreu por causa de uma divergência antiga entre a vítima e Kim, que é filho de coreanos.
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Em depoimento à polícia, logo após o homicídio, outro carroceiro relatou uma colisão da carroça de Pontes contra o Peugeot 206 prata do rapaz, que por isso teria exigido uma reparação. A vítima também trabalhou em uma reforma no prédio onde Kim morava, ainda de acordo com a investigação policial, indicando que ambos se conheciam.
A seta que matou o carroceiro tinha uma ponteira com lâminas abertas, o que agravou o corte na jugular, atingida pelo disparo.
Um dia após o assassinato, investigadores foram ao apartamento de Kim, também no Bom Retiro, onde encontraram a besta (tipo de arco e flecha com gatilho, como de uma arma de fogo) usada no crime, além de uma espada e outras armas brancas.
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No computador do criminoso policiais identificaram pesquisas na internet sobre o homicídio como "polícia busca imagens de câmeras de rua onde homem foi morto". A besta usada para matar o carroceiro estava embrulhada e o então suspeito havia deixado malas de viagem prontas, indicando uma eventual tentativa de fuga. Por causa disso, lhe foi dada voz de prisão e o rapaz reagiu, tentando escapar.
Ele foi indiciado à época pelo homicídio, uso de arma branca, desacato, desobediência, resistência, além de porte de drogas, pois foram encontradas 41 gramas de maconha no apartamento.
O carro dele também foi apreendido na ocasião, com a identificação da cidade na placa traseira raspada e fita isolante adulterando um dos números. Na placa da frente, a fita omitia a cidade.
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O veículo tinha ainda uma batida na lateral traseira, mas não se sabe se foi a mesma que, para a polícia, motivou o crime.
Três anos antes do homicídio do carroceiro, Kim havia sido preso sob a suspeita de esfaquear um homem durante uma briga, alegando legítima defesa – mesmo com a vítima estando desarmada. O homem ferido sobreviveu.
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