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Cotidiano
Fundado em 2001, bar já foi eleito o melhor de SP e foi casa de nomes importantes da música brasileira, como Douglas Germano e Fabiana Cozza
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O bar Ó do Borogodó conseguiu se manter em pé após uma vaquinha para pagar o aluguel e outras despesas | Reprodução/Youtube
O Ó do Borogodó, bar de samba fundado em 2001 na Vila Madalena, zona oeste da Capital, anunciou pelas redes sociais neste domingo que foi despejado do imóvel que mantém há 20 anos, na rua Horácio Lane, uma pequena via entre as ruas Inácio Pereira da Rocha e Cardeal Arcoverde.
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"Num tempo em que tristeza é mato, a gente anuncia o fim. Estamos sendo despejados, às vésperas de completarmos 20 anos. Uma dor doída demais”, diz a postagem do bar no Instagram e no Facebook.
Pelas redes, artistas que já se apresentaram no local lamentaram a notícia. "Muito obrigado por vocês terem aberto aquela porta para eu poder participar daquela festa, daquele quilombo", disse a cantora Fabiana Cozza. O compositor Douglas Germano também mostrou tristeza. "Tanta gente foi feliz neste pequeno espaço. Centro de uma encruza de muitos caminhos. Clarabóia, respiro, refúgio. Ai de mim sem ele. Vai viver pra sempre dentro dos tantos que abrigou um dia", disse.
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Entre os frequentadores o clima também era de lamentação. “Não existe fim pra uma história dessa. Há de haver solução”, disse uma admiradora. “O Ó estará sempre em nossos corações. E que possa ser reerguido em outro espaço, quando tudo isso passar”, escreveu outro. “Quantas alegrias vivi no Ó”, disse, saudosista, mais um.
O Ó do Borogodó já foi escolhido pela revista “Veja São Paulo” o melhor bar de música ao vivo da cidade e é conhecido por ter sido casa de nomes importantes da música nacional, como Douglas Germano, Kiko Dinucci, Fabiana Cozza, Alessandro Penezzi, Zé Barbeiro, João Poleto e Dona Inah, entre tantos outros.
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Além disso, a casa também mantém o Bloco do Ó, que percorre as ruas da Vila Madalena durante o Carnaval com repertório de marchinhas clássicas de outras décadas, como Ó, Abre Alas, Aurora e Daqui Não Saio: "Sei que o senhor/ Tem razão de querer/ A casa pra morar/ Mas onde eu vou ficar?/ Daqui não saio/Daqui ninguém me tira..."
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