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Cotidiano
Ato foi um protesto de vários artistas pelo assassinato do artista plástico NegoVila Madalena, assassinado no último sábado, aos 40 anos
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Artistas homenagearam NegoVila Madalena nos muros do Beco do Batman | Reprodução/YouTube
Os muros do Beco do Batman, na Vila Madalena, um dos pontos turísticos mais visitados da Capital, foram quase completamente pintados de preto durante o fim de semana. O ato foi um protesto de vários artistas pelo assassinato do artista plástico Wellington Copido Benfati, o NegoVila Madalena, assassinado no último sábado (28), aos 40 anos.
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De acordo com um dos grafiteiros que pintaram o beco de preto, a intervenção "é uma nota de repúdio pública e aconteceu em meio a outras intervenções que denunciam o genocídio do povo preto no Brasil e requerem mudanças sociais estruturais". Uma das frases se destacava: “Todo nego é NegoVila Madalena”.
Muralistas e grafiteiros do beco do Batman, em SP, decidiram cobrir os muros de preto em repúdio a morte do grafiteiro, NegoVila Madalena, no último sábado. Ele foi assassinado por um policial.
— Leandro Barbosa (@Barbosa_Leandro) November 30, 2020
Via @solos_projetopic.twitter.com/jEfrjbbGer
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O crime ocorreu na madrugada do último sábado próximo a uma distribuidora de bebidas e um posto de combustíveis na Vila Madalena, zona oeste da Capital. O sargento da Polícia Militar (PM) Ernest Decco Granaro, de 34 anos, foi detido em flagrante por outros policiais militares e acabou indiciado por homicídio na Polícia Civil. Ele alegou legítima defesa. De acordo com testemunhas, o policial atirou peito de NegoVila quando ele estava deitado no chão e sem representar perigo a Ernest.
Segundo a irmã de NegoVila, a enfermeira Tatiane Benfati, o irmão tentou apartar uma briga do amigo dele com outras pessoas. Em seguida, segundo os relatos, o PM, que estava descaracterizado, deu um soco no artista, que revidou.
De acordo com o boletim de ocorrência do caso, o sargento alegou que estava de folga e atirou no artista plástico em legítima defesa após ser cercado por pessoas que teriam tentado ‘tomar’ sua arma de fogo. Após ouvir testemunhas, as autoridades chegaram à conclusão que o policial atirou para matar e não para se defender. O policial está no presídio da PM Romão Gomes, na zona norte de São Paulo.
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