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Cotidiano

Moradores do Morumbi querem construir muro para separar futuro Parque Paraisópolis

Associação alega que moradores têm medo de uma possível poluição sonora quando o parque for inaugurado

10/07/2020 às 15:15

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Paraisópolis, na zona sul de São Paulo

Paraisópolis, na zona sul de São Paulo | Rovena Rosa/Agência Brasil

O Parque Paraisópolis, com entrega prevista para outubro deste ano, está gerando conflitos entre moradores do Morumbi e a favela de Paraisópolis. Os moradores do Morumbi enviaram um pedido à Prefeitura de São Paulo para uma construção de um muro de três metros ao longo da divisa do parque com suas casas.

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Além disso, os moradores também querem que o parque apenas uma entrada, por uma rua de Paraisópolis. O parque ocupará uma área de 68 mil metros quadrados, distribuída entre a favela de Paraisópolis e a casas de alto padrão do Jardim Vitória Régia.

De acordo com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, as obras já custaram R$ 2,4 milhões e está prevista a construção de guarita, administração, deck e parquinhos.

Segundo o presidente da União de Moradores e do Comércio de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, a comunidade espera a abertura do parque há mais de 10 anos.

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Carta do Morumbi

A associação dos amigos do Jardim Vitória Região, bairro vizinho, enviou uma carta ao secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo de Castro, no fim de junho.

A carta perde o cercamento de todo o entorno do parque, com um único acesso pela rua Silveira Sampaio (em Paraisópolis), eliminando o acesso pela rua Dona Maria Mesquita de Mota e Silva; um regulamento de uso que prevê horário de funcionamento de 7h às 19h, proibição de piquenique, proibição de entrada de carros, motos e bicicletas, proibição de pessoas com animais e proibição de "pessoas cujas atitudes agridam a moral e os costumes dos usuários do Parque" e; a construção de um muro de 3 metros de altura ao longo da divisa, acompanhando o gradil.

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A diretora da associação, Claudia Rodrigues Leme, diz que os pedidos podem ser negociados.

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