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Cotidiano
Um grupo de deputados e assessores entrou no hospital de campanha do Anhembi, na zona norte de São Paulo, na tarde de quinta-feira e gravou vídeos no local
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Deputados e assessores dentro do hospital de campanha do Anhembi, na zona norte | Reprodução/Redes sociais
Na tarde desta quinta-feira, um grupo de deputados e assessores entrou no hospital de campanha do Anhembi, na zona norte de São Paulo, montado de forma emergencial para atendimento a pacientes do novo coronavírus. De acordo com vídeos que circulam pelas redes sociais, há um início de confusão entre os parlamentares e seguranças do Anhembi no começo e, depois, os deputados, já dentro da instituição de saúde, mostram algumas alas do hospital vazias, conversam com pacientes e dizem que os investimentos no local representariam um mau uso do dinheiro público.
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Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde disse que os deputados e assessores “invadiram” o hospital de campanha do Anhembi “de maneira desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente”. A secretaria municipal também diz que, como parte desse grupo estava sem EPIs (equipamentos de proteção individual) inicialmente, colocando em risco os pacientes em tratamento na unidade.
Estiveram no hospital os deputados estaduais Coronel Telhada (PP), Letícia Aguiar (PSL), Adriana Borgo (Pros), Marcio Nakashima (PDT) e Sargento Neri (Avante).
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Sobre as alas vazias mostradas pelos parlamentares, a pasta informou que eram setores que são ativados dependendo da demanda. “Além da invasão e das atitudes violentas, os parlamentares filmaram as alas do HMCamp do Anhembi que ainda não foram ativadas, mas que estão prontas para serem colocadas em funcionamento caso seja necessário. E também gravaram pacientes sem autorização prévia, muitos dos quais estavam sendo higienizados em seus leitos”.
Segundo Coronel Telhada, não houve invasão dos parlamentares e é obrigação dos deputados fiscalizar os gastos públicos. Ele também chamou a nota da prefeitura de “mentirosa”. "Nós não invadimos. Teve um empurra-empurra no começo, mas quando nos entramos nos já estávamos acompanhados pelo pessoal do Iabas [Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde], devidamente autorizados. É nossa obrigação como deputado fiscalizar como está sendo gasto o dinheiro público”, afirmou, por uma rede social.
O deputado também negou que tenha havido agressões. "Nós não agredimos ninguém. Nós conversamos com todo mundo, conversamos com alguns pacientes, e todos foram unânimes em dizer que estavam sendo bem atendidos. Desejamos um pronto restabelecimento para todos. Agora, é lógico, nós estamos incomodando e mostrando o que ninguém queria mostrar. Nem a imprensa mostrou, Gozado, né?”.
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De acordo com reportagem exclusiva da Gazeta de quarta-feira (3), o hospital de campanha do Anhembi está funcionando com cerca de 48% da sua capacidade. Na terça-feira (2) havia 422 pacientes para 871 leitos disponíveis. Já o hospital de campanha do Pacaembu, na zona oeste, tem 200 leitos e 110 internados, o que representa uma ocupação de 55%. Esses são os principais centros de atendimento criados exclusivamente para combater a pandemia do novo coronavírus na Capital. Há, ainda, os hospitais de campanha do Ibirapuera e de Heliópolis, ambos na zona sul. As informações são da Secretaria Municipal da Saúde.
Segundo a reportagem, parte da oposição à gestão Bruno Covas (PSDB) critica aspectos dos hospitais de campanha, principalmente por serem consideradas estruturas excessivamente grandes, caras e que não permanecerão atendendo a população após a pandemia.
Com 871 em atividade, a estrutura no Anhembi tem a capacidade para oferecer até 1.800 leitos. “A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informa que o HMCamp/Anhembi dispõe de um total de 1.800 leitos. Atualmente, a unidade dispõe de 871 leitos ativos e, se necessário, ativará novos leitos para atendimento da população”, informou a Secretaria Municipal da Saúde, em nota.
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