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Chuvas provocaram o transbordamento do Rio Tietê em diversos pontos, como na altura da Ponte da Casa Verde | Romerito Pontes/Futura Press/Folhapress
A Grande São Paulo viveu uma segunda-feira (10) de caos. Em algumas horas choveu na região metropolitana 66% do total esperado para o mês de fevereiro, segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo. Aulas foram suspensas, as marginais Tietê e Pinheiros ficaram alagadas, parte do transporte público foi paralisado e houve prejuízos ainda calculados para a economia da região mais rica do País.
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De acordo com o Inmet, essa foi a maior quantidade de chuva em 24 horas para o mês de fevereiro ocorrida em 37 anos na Capital, com 114 mm de chuva entre o fim da tarde de domingo e 9h desta segunda-feira. Esse volume foi superado pela última vez pelos 121,8 mm registrados em 1983.
Os bombeiros anunciaram que, até o início da tarde desta segunda, houve 140 desabamentos, 120 quedas de árvores e 796 pontos de alagamento na Grande SP. O rio Pinheiros transbordou em boa parte da sua extensão. Um transbordamento desse nível não ocorria no Pinheiros havia 15 anos, segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente. O rio Tietê também apresentou pontos intransitáveis.
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Em entrevista ao SP1, da "TV Globo", o prefeito Bruno Covas (PSDB) negou que a gestão municipal tenha deixado de fazer o trabalho de prevenção de enchentes. Segundo ele, todos os piscinões da cidade estão em perfeito estado de funcionamento.
"A prefeitura fez o trabalho de limpeza dos córregos e piscinões, permitindo que a água tivesse mais fluidez. Nenhum dos piscinões da cidade transbordou com a chuva da madrugada, o que certamente prejudicaria mais a população. O principal problema aconteceu por causa do transbordamento dos rios Tietê e Pinheiros", disse o prefeito.
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CONSEQUÊNCIAS
A circulação de ônibus, metrô e trens foi comprometida e a prefeitura suspendeu o rodízio de veículos. O secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Penido, gestão João Doria (PSDB), chegou a recomendar que as pessoas não saíssem de casa.
As fortes chuvas afetaram a circulação dos trens entre as estações Osasco e Santo Amaro, da linha 9-Esmeralda. O Paese (ônibus gratuito com trajeto semelhante ao trem em situações emergenciais) foi acionado, mas parte também não conseguiu circular devido os alagamentos. Houve problemas ainda na linha 8-Diamante.
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A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) ficou quase totalmente alagada. A direção da companhia informou que as feiras de Flores e de Pescados, previstas para a madrugada de terça-feira, foram canceladas.
Houve 140 desabamentos entre Capital e Grande São Paulo. De acordo com o prefeito Bruno Covas, a população prejudicada pode pedir ressarcimento no IPTU de 2021.
A chuva também causou o fechamento de 41 unidades básicas de saúde (UBSs). Às vésperas do Carnaval, os barracões de pelo menos três escolas de samba também foram invadidos pelas águas: Pérola Negra, Rosas de Ouro e Unidos de Peruche.
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A previsão é de que as chuvas devem variar de intensidade entre moderada e forte até a manhã desta terça-feira (11). As chuvas só devem cessar na quarta (12).
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