Nos corredores políticos dos últimos dias, um dos assuntos mais agitados foi o pedido de licença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Comentou-se que faria, neste período, uma série de contatos com vistas a uma atuação dos Estados Unidos na política interna do Brasil, inclusive com a possibilidade de alguma limitação ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Outros anunciavam que estaria buscando um asilo político, para não cumprir eventual pedido de prisão. Na verdade, qualquer deputado pode pedir licença sem qualquer motivação, por período de até 120 dias. É dispositivo constitucional afeto a qualquer congressista.

Da mesma forma, há legislações estaduais e municipais permissivas ao servidor, para que se afaste de seu cargo por interesse particular, por um período de até 02 anos.

Nada de novo, mas na atual polarização nacional, os comentários nas redes sociais e nos jornais divagaram que Eduardo será um foragido da justiça e, noutro polo, um herói contra a ditadura do judiciário.

Em reportagem da CNN, Bolsonaro, pai, não assimilou com tranquilidade a decisão do filho. A esposa de Eduardo apoia essa mudança.

As divergências ou escândalos envolvendo parentes de políticos são parte da história brasileira, quem não se lembra do filho do ex-presidente Fernando Henrique que apareceu nos jornais como um influenciador, em relações nebulosas com estatais.

Michel Temer ganhou uma grande exposição com sua esposa, “bela, recata e do lar”, na capa da Revista Veja.

Em regra, menções aos políticos e seus parentes são bem-vindas pela população, pois esquenta o papo de boteco. Atualmente, aquece a polarização e requenta o nome da família Bolsonaro.

Os algoritmos agradecem. Versões à parte, Eduardo busca em Trump, o esteio para intervir de alguma forma no processo político nacional.

Pode ser um tiro no pé, pois a política externa de republicano, não está agradando a todos. A polarização é como uma gangorra, ora se está no alto ou na parte baixa. Difícil mesmo é o equilíbrio.