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Porto Feliz
William Ribeiro de Oliveira, morreu na noite de 28 de outubro, após cair e ser esmagado pela estruturada atração
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William Ribeiro de Oliveira morreu após cair e ser esmagado pela estruturada de um brinquedo do parque em Itu, no interior de SP | /Reprodução/arquivo pessoal
O laudo do Instituto de Criminalística (IC) revelou que não houve falha nas travas das barras de segurança do brinquedo que matou William Ribeiro de Oliveira, de 29 anos, ao cair da estrutura e ser esmagado, em Itu, na noite de 28 de outubro. O jovem sofreu politraumatismo, trauma abdominal, torácico e evisceração.
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Peritos trabalham na possibilidade de falha humana no travamento das barras de segurança do equipamento e na hipótese de que a vítima não teria respeitado as instruções de utilização do brinquedo e obrigatoriedade de permanecer sentada - conforme a perícia, o usuário poderia se desvencilhar das barras de forma intencional.
A atração de nome “Superman”, conhecido como “Surf”, tem o movimento circular no sentido horário e anti-horário, em manobras de até 360 graus, com capacidade para 20 pessoas divididas em dois grupos de 10, sendo que cada um tinha uma barra de proteção própria nos assentos.
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Durante os exames, foi realizado o teste de funcionamento, sem ocupantes, e não foi apresentado problema. Nas análises da estrutura não constataram indícios de falha mecânica ou ruptura no sistema de segurança. No entanto, o acionamento da trava era realizado pelo operador da máquina.
"A diretoria do empreendimento ratifica sua preocupação e zelo e com a segurança e informa que o parque possui o alvará de funcionamento. Todas as atrações, bem como o brinquedo Superman, onde aconteceu o acidente e que estava com a trava fechada, seguem as normas aplicáveis, e nossos profissionais são especializados e treinados para o pronto atendimento aos seus visitantes", afirmou em nota a gestão do parque.
Gabriel Ribeiro de Oliveira (24), irmão de William, revelou em entrevista à TV Tem, que também estava no brinquedo e que, inicialmente, não percebeu o que havia acontecido. "O brinquedo deu duas voltas e comecei a ouvir as pessoas gritando, mas não sabia que era meu irmão que tinha caído", contou.
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O rapaz teve ajuda dos amigos Lucas Alves da Mota (21) e Diego Pereira Nepomuceno (24) para retirar o parente que estava debaixo do brinquedo - que mesmo socorrido, não resistiu aos ferimentos. A vítima foi enterrada no Cemitério Municipal de Itu.
Em depoimento à polícia no dia do acidente, o dono do parque afirmou que William decidiu ficar em pé durante o funcionamento do brinquedo. As informações teriam sido passadas pelo operador do brinquedo e constam no boletim de ocorrência.
Ao ver o homem em pé, o operador alega que decidiu parar o brinquedo - momento em que William caiu e foi prensado pela estrutura. Porém, Gabriel negou a informação e disse que a atração continuou girando, a ponto atingir a ele e aos outros dois amigos.
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"O erro não foi do brinquedo. O pessoal deu uma olhada no equipamento e viu que está tudo ok. Infelizmente, o rapaz foi andar de forma incorreta, querer ficar em pé, não sei se foi para tirar selfie, eu não sei dizer exatamente, mas ele foi orientado a sentar. Ele sentou e, depois, quando o equipamento rodou novamente, ele ficou em pé, caiu no chão. Aí o equipamento freou rapidamente, mas não foi o suficiente para poder parar e 'catou' ele", relatou o responsável legal pelo parque
A princípio, o caso continua sendo investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e lesão corporal culposa.
A Prefeitura de Itu destacou que o parque tinha alvará de funcionamento desde a abertura.
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