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Porto Feliz

Covid-19: Dr. Cássio Prado é convidado como especialista para participar de CPI

Convite ao chefe do executivo de Porto Feliz foi feito por Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado; objetivo é prestar esclarecimentos sobre o tratamento precoce contra o coronavírus

Matheus Herbert

26/05/2021 às 17:36  atualizado em 26/05/2021 às 17:49

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O prefeito de Porto Feliz, Antônio Cássio Habice Prado, foi convidado para participar da CPI da Covid na função de especialista

O prefeito de Porto Feliz, Antônio Cássio Habice Prado, foi convidado para participar da CPI da Covid na função de especialista | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

O prefeito de Porto Feliz, Antônio Cássio Habice Prado, conhecido como Dr. Cássio, foi convidado para participar da CPI da Covid (Comissão Parlamentar de Inquérito) na função de especialista. O convite foi proposto nesta segunda-feira (24) pelo senador Fernando Bezerra (MDB-PE), que é o líder do governo no Senado. A ideia é que o chefe do executivo fale sobre o tratamento precoce contra o coronavírus na cidade, que se tornou referência no País e salvou vidas.

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Segundo o requerimento, o senador diz que Porto Feliz realizou um tratamento preventivo contra o coronavírus. O documento ainda cita que a cidade adotou protocolo baseado nas experiências da Itália, e que realiza exames clínicos e tomográficos para detectar o vírus de forma antecipada.

Agora, o pedido precisa ser apreciado e votado na CPI. Caso seja confirmado, o convite é realizado de forma oficial ao prefeito de Porto Feliz. Dr. Cássio, pode ou não aceitar.

CPI DA COVID

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O Senado Federal instalou a CPI da Covid no dia 27 de abril. A comissão pretende apurar ações e omissões do governo federal e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia.

VIDAS SALVAS

Em setembro do ano passado, a Gazeta publicou que desde março do mesmo ano, os casos suspeitos de coronavírus no município de Porto Feliz estão sendo tratados com um protocolo diferenciado. Segundo os pacientes que conseguiram vencer a batalha contra o vírus, o tratamento tem salvado vidas.

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Uma das características do protocolo é, assim que identificada a doença, o tratamento é iniciado com um conjunto de medicamentos, que inclui a hidroxicloroquina. "Fui diagnosticada em junho. Percebi que tinha algo estranho comigo. Fui para Santa Casa e já iniciei os procedimentos de exames. O meu marido fazia dois dias que tinha sido diagnosticado. Após o resultado eu iniciei o tratamento precoce", disse na época Cristiane Silva, de 37 anos.

"O meu tratamento durou 21 dias. Fiquei bem debilitada. Parece que você vai perdendo as forças do corpo. É um processo cansativo, mas tivemos todo o apoio da equipe de saúde. O tratamento que recebemos, de forma antecipada, salvou a minha vida e tem salvado de outras pessoas também", complementou Cristiane, que se curou no começo de julho.

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A moradora Sheila de Carvalho, de 42 anos, também relatou à reportagem a sua luta. "O meu tratamento durou 19 dias na unidade sentinela. Foram dias de insônia e muito medo. Mas, graças ao tratamento que recebi, com todas as medicações necessárias, eu consegui vencer e estou bem"

Em entrevista à Gazeta, a secretária municipal de Saúde, Valdirene Prado ressaltou as medicações. "Temos relatos de pacientes que tiveram uma recuperação muito boa em até 48 horas após começar a tomar os remédios que inclui a hidroxicloroquina e outros medicamentos como anti-inflamatórios e antibióticos", reforçou.

OUTRAS AÇÕES

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Além do tratamento precoce, outras série de medidas contribuíram para que Porto Feliz conseguisse ter um bom desempenho no enfrentamento do coronavírus. Em abril do ano passado, a Administração confeccionou mais de dez mil máscaras e distribuiu para moradores. A produção foi uma parceria com o Senai e empresas locais. Na ocasião, foi decretado o uso obrigatório da proteção nos estabelecimentos.

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Produção de máscaras em Porto Feliz - Divulgação/PMPF

Além disso, o município foi pioneiro no Estado ao iniciar um processo de desinfecção das avenidas e espaços públicos. Com o auxílio de um caminhão Hidrojato do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Porto Feliz (SAAE), diariamente eram desinfetadas as frentes de supermercados, praças, rodoviária, farmácias, postos de saúde e outros pontos da cidade que recebiam um grande fluxo de pessoas.

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Desinfecção de espaços públicos em Porto Feliz - Divulgação/PMPF

Outra ação que ‘blindou’ a cidade foi a implantação de barreiras sanitárias. A medida também foi pioneira no Estado. Na época, foram implantadas as barreiras no Acesso Porto Feliz x Sorocaba (Hotel Porto Feliz Executive), acesso Perimetral Mário Covas (CPFL) e acesso Porto Feliz X Rafard.

Ainda no começo de março de 2020, duas unidades de saúde da cidade foram separadas exclusivamente para atendimento a casos de coronavírus. O objetivo da ação foi evitar aglomeração nos postos e um atendimento mais ágil. Meses antes, 10 leitos de UTI já tinham sido instalados na Santa Casa de Porto Feliz.

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No fim de 2019, a Santa Casa também passou a contar com um novo tomógrafo, que foi essencial nos atendimentos a casos de Covid-19. O equipamento, de última geração, auxilia toda equipe médica em diagnósticos mais rápidos e precisos aos pacientes.

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No fim de 2019, a Santa Casa também passou a contar com um novo tomógrafo, que foi essencial nos atendimentos a casos de Covid-19 - Divulgação/PMPF

 MUDANÇAS.

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Em uma reunião secreta na manhã desta quarta-feira (26), os senadores teriam feito um acordo e decidiram em não votar o requerimentos para convocar prefeitos na CPI da Covid. A informação foi divulgada pela jornalista Bela Megale, no jornal o “Globo”.

Um dos argumentos do presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), para demover os colegas que defendiam o depoimento de prefeitos é que isso "acabaria com a investigação", já que a CPI passaria boa parte do tempo entrevistando autoridades locais. Há, no entanto, a possibilidade de prefeitos de capitais serem convocados na fase final da comissão.

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