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Cotidiano
Waldemar da Costa confirmou que Bolsonaro, a partir do momento que deixar a presidência, terá um cargo no partido e salário pago pela sigla
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Jair Bolsonaro (PL) | Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente do PL (Partido Lliberal), Valdemar da Costa Neto, partido do atual presidente Jair Bolsonaro, anunciou nesta terça-feira (8) que a sigla fará oposição ao futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Ele também confirmou que Bolsonaro, a partir do momento que deixar a presidência, terá um cargo no partido e salário pago pela sigla. A ideia é que ele desempenhe um papel na legenda e tente manter relevância pelos próximos anos.
"Hoje nós queremos que ele comande o nosso partido. Queremos o Bolsonaro à frente dessa luta que ele construiu para elevar nosso partido a um patamar mais importante", afirmou.
"O PL não renunciará às suas bandeiras e ideias. Será oposição aos valores comunistas e socialistas, oposição ao futuro presidente", disse ainda.
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Valdemar não anunciou, contudo, como se dará o cargo do presidente no partido, qual partido será disponível ou estrutura. O dirigente disse que a ideia é disponibilizar um escritório para ele no partido.
A intenção de Valdemar é manter Bolsonaro por perto nas decisões. Há uma avaliação de que ele pode ajudar a manter diálogo com a ala mais radicalizada do bolsonarismo, hoje sediada no PL, com Zé Trovão e Carla Zambelli na Câmara, por exemplo.
O cargo deve contar ainda com um salário, que ainda está indefinido. Aliados do presidente dizem que ele terá dificuldades de sobreviver apenas com o soldo militar e a aposentadoria de deputado federal: R$ 11.945,49 e R$ 33.763, respectivamente.
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Ao deixar o governo, Bolsonaro terá prerrogativas de ex-presidentes, determinadas por lei. A partir de janeiro, terá quatro servidores, entre seguranças e apoio, além de dois veículos oficiais, com motoristas, custeados pela Presidência.
Poderá ainda contar com mais dois auxiliares custeados pelo erário, caso solicite. Integrantes do PL esperam que ele possa manter o capital político de mais de 58 milhões de votos.
A ideia de Valdemar é que o partido consiga prosperar, mesmo com integrantes tão antagônicos internamente, nos moldes do MDB por muitos anos. O partido tem uma ala mais progressista, ligada a Lula e ao PT, e outra mais conservadora, em São Paulo no Sul do país.
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Valdemar já foi um aliado de Lula. Ele era presidente do partido quando foi um dos 25 condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no escândalo do mensalão, em 2005.
À época, ele renunciou ao mandato parlamentar, foi preso e submergiu, mas se manteve no controle do partido, que voltou a presidir na gestão Bolsonaro.
Durante as eleições deste ano, aliás, sua ex-esposa, a publicitária Maria Christina Mendes Caldeira, pediu votos para Lula.
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