MTST convoca militantes para enfrentar bolsonaristas em bloqueios nas rodovias

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) anunciou nesta terça-feira (1) que está organizando ações coordenadas em todo o País para, segundo a entidade, ajudar no desbloqueio de estradas e rodovias atualmente bloqueadas por um grupo de bolsonaristas.

A organização cita que algumas instituições como a PRF (Polícia Rodoviária Federal) foram condescendentes com a instalação dos bloqueios e que o movimento tem como um dos objetivos uma "intervenção militar.

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"Desde domingo, observamos no país travamentos que contestam o resultado eleitoral e pedem intervenção militar. Tais protestos acontecem com a complacência de forças de segurança, como a PRF.", diz a publicação do MTST.

Ainda no comunicado, publicado no Twitter, os organizadores citam outros episódios contra a democracia e que teriam ocorrido ao longo dos anos de governo de Bolsonaro (PL).

"Nos últimos 4 anos, observamos no Brasil a construção de um governo autoritário, fascista. Foram inúmeras as manifestações de desrespeito aos princípios democráticos, com ataques à imprensa, ao livre direito de manifestação, às instituições e ao sist. eleitoral."

Convocação da militância

A nota da entidade emenda confirmando que convocará militantes de alguns estados, sem citar quais, para atuarem no que classificou como "manifestações para desbloquear vias". O texto segue afirmando que o movimento espera ter respeito das autoridades de segurança presentes nos locais de bloqueio.

"Diante disso, a coordenação nacional do MTST orienta sua militância nos estados a organizar manifestações para desbloquear as principais vias de acesso, exigindo o respeito às eleições. Esperamos ser tão bem recebidos pelas forças de segurança quanto os bolsonaristas estão sendo."

Confira abaixo, na íntegra, o comunicado do MTST:

Bloqueios em rodovias

De acordo com balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na manhã desta terça, 227 rodovias federais tiveram registro de bloqueios. As manifestações ocorrem desde o último domingo (30) e são realizadas por alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que são contra o resultado das eleições.