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Cotidiano
A operação buscava na região criminosos do Jacarezinho; 17 escolas tiveram que suspender as aulas
11/02/2022 às 09:09
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Policiais mostram material apreendido nesta sexta | Reprodução/TV Globo
Oito pessoas morreram no início da manhã desta sexta-feira (11) na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio de Janeiro, durante uma grande operação policial que é realizada no local.
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Segundo a Polícia Militar, a operação buscava na região criminosos do Jacarezinho, favela ocupada no contexto do Cidade Integrada, programa de segurança pública lançado pelo governo do Rio de Janeiro.
"Houve confronto e oito criminosos feridos não resistiram aos ferimentos", informou a PM. Cinco fuzis e três pistolas foram apreendidos até o momento.
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De acordo com informações de moradores da Vila Cruzeiro, o tiroteio é intenso no local.
"Blindados e helicópteros dentro da favela. Caos logo cedo", disse o ativista Raull Santiago.
A operação começou às 4h30 e reúne equipes da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal.
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Na quinta-feira (10), um homem de 23 anos morreu em uma ação policial no Jacarezinho, o que provocou protestos de moradores.
A polícia afirma que João Carlos Sordeiro Lourenço, 23, conhecido como João do Jaca, reagiu ao ser abordado e foi atingido. Segundo a corporação, ele foi encaminhado ao Hospital Salgado Filho, mas não resistiu.
A mãe de João nega que ele estivesse armado no momento da abordagem.
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Anunciado pelo governador Cláudio Castro (PL) a nove meses das eleições, o Cidade Integrada contará com um investimento inicial de R$ 500 milhões. A primeira etapa teve início no dia 19 de janeiro, quando 1.300 agentes militares e civis ocuparam as favelas do Jacarezinho (e a vizinha Manguinhos), dominada pelo Comando Vermelho, e da Muzema, controlada por uma milícia.
Especialistas da segurança pública e defensores dos direitos humanos têm questionado uma suposta falta de critérios e metas concretas na elaboração do programa, assim como a ausência de diálogo prévio com outros atores.
Moradores denunciam violações de direitos humanos e invasões de casas por policiais, que ainda não usam as câmeras portáteis compradas recentemente pelo estado.
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As ações policiais ocorrem em meio à decisão do Supremo Tribunal Federal que restringiu as operações policiais para casos excepcionais em favelas do Rio de Janeiro enquanto durar a pandemia da Covid-19.
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