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Cotidiano
Na visão de Gilmar Mendes, a 'ocupação irregular de áreas estratégicas por grupos de milícias está por trás da crise da segurança pública'
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Gilmar Mendes, do STF | /Carlos Moura/SCO/STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ligou o assassinato do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 24 anos, morto a pauladas na praia da Barra da Tijuca, à atuação de milícias no estado do Rio de Janeiro.
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"O caso Moïse traça suas raízes no poder do Estado paralelo e na invisibilidade do controle armado", escreveu Mendes em sua conta no Twitter. Na postagem, o ministro incluiu link para o artigo do jornalista e colunista da Folha de S.Paulo Elio Gaspari sobre a administração de quiosques no Rio.
Na visão de Gilmar Mendes, a "ocupação irregular de áreas estratégicas por grupos de milícias está por trás da crise da segurança pública".
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O ministro pontuou que é necessário que o poder público atue contra os grupos milicianos, no que citou nominalmente o Ministério Público do Rio de Janeiro e o Ministério Público Federal.
O texto em que o ministro se baseou, intitulado "Morte de Moïse joga luz sobre o ambiente em torno de quiosques no Rio", foi publicado no sábado (5). Nele, Elio Gaspari cita que a polícia demorou para entrar no caso, além de abordar a intimidação sofrida pela família do congolês após denunciar o caso. Gaspari também ressaltou a informação de que um dos quiosques próximos ao ponto da morte de Moïse era administrado irregularmente por um policial militar.
Moïse foi morto na noite do dia 24 de janeiro a pauladas. Aleson Fonseca, 27, Brendon da Silva, 21, e Fábio Pirineus da Silva, 41, foram presos na terça-feira (1º).
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As imagens do quiosque Tropicália mostram Moïse discutindo com um funcionário do local. O congolês, em determinado momento, abre um freezer, o que aumenta a confusão.
De acordo com esse funcionário, Moïse estava bêbado e queria pegar cerveja de graça, o que originou a discussão entre os dois. A mesma versão foi dada por Aleson Fonseca, um dos suspeitos do crime.
Os três suspeitos trabalham em quiosques e barracas da praia da Barra da Tijuca. Eles afirmaram que foram proteger o funcionário do Tropicália. Familiares do congolês disseram à imprensa que ele foi cobrar uma dívida no quiosque. Contudo, esse tema não é mencionado em nenhum depoimento dado à polícia.
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