A+

A-

Alternar Contraste

Sexta, 20 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Encontro com Lula deve destravar acordo do PT com PSB em Pernambuco

Expectativa é que, com isso, os petistas retirem da corrida o nome do senador Humberto Costa (PT) e declarem apoio ao socialista

Maria Eduarda Guimarães

03/02/2022 às 16:32

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). | Reprodução/Redes Sociais

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta quinta-feira (3) com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), para selar um acordo entre os dois partidos na eleição do estado.

Continua depois da publicidade

Na conversa prevista para 16h, em São Paulo, Câmara deve confirmar o lançamento da candidatura do deputado Danilo Cabral (PSB) ao governo pernambucano. A expectativa é que, com isso, os petistas retirem da corrida o nome do senador Humberto Costa (PT) e declarem apoio ao socialista.

Segundo dirigentes do PSB, o comunicado a Lula deve ser feito para que o nome de Cabral seja anunciado publicamente pelo governador, o que pode ocorrer nos próximos dias.

Continua depois da publicidade

A aliança em Pernambuco é uma prioridade do PSB nas negociações com o PT para as eleições de outubro -que incluem o apoio da sigla à candidatura de Lula. A sigla quer manter o controle do estado, que se tornou seu principal polo de poder.

O próprio Lula havia dado sinais públicos de que esse acerto era iminente. Numa entrevista a sites de esquerda, em janeiro, o ex-presidente disse que o PSB não poderia tratar o PT "de forma pequena", mas declarou que os socialistas tinham "o direito de lançar candidato em Pernambuco".

"Se o PSB definir candidato, Humberto Costa está fora", disse Lula, na ocasião.

Continua depois da publicidade

O acerto no estado é apenas um de uma série de nós que devem ser desatados para pavimentar a aliança nacional. No mapa, permanecem impasses em locais como São Paulo, onde o PSB quer lançar o ex-governador Márcio França e o PT mantém a candidatura do ex-prefeito da capital Fernando Haddad.

O apoio do PT aos socialistas em Pernambuco era dado como certo, mas os petistas tratam a costura como um gesto valioso - uma vez que pesquisas de intenção de voto apontam que Costa está bem posicionado na disputa, enquanto o nome de Cabral na lanterna.

O objetivo dos petistas é ganhar fôlego para negociar nos outros estados com o argumento de que abriram mão de uma candidatura relevante e que não foi uma concessão pró-forma.

Continua depois da publicidade

Caso o roteiro do encontro entre Lula e Câmara se mantenha, a retirada da candidatura de Costa ao governo deve ocorrer de forma quase imediata, segundo aliados de ambos. O senador petista viaja a São Paulo na sexta para reuniões do partido e pode ter um encontro com o ex-presidente para amarrar sua saída da disputa.

Nesse acordo, o PT ganharia o direito de indicar um candidato ao Senado na chapa encabeçada pelo PSB em Pernambuco.

Alguns petistas gostariam de oferecer o nome da deputada Marília Arraes, mas a escolha causaria constrangimento na aliança, uma vez que a parlamentar protagonizou um embate duro com os socialistas na eleição para a prefeitura do Recife, em 2020.

Continua depois da publicidade

Desponta, então, o nome do deputado Carlos Veras, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

A reunião com Lula marca uma aceleração nas articulações do PSB em Pernambuco. Até o início da semana, Câmara afirmava que a confirmação do nome de seu sucessor levaria ao menos mais 15 dias para ocorrer.

O partido, no entanto, quer garantir essa articulação com o PT, reduzir os impasses na construção de alianças e evitar especulações sobre o candidato escolhido para concorrer à sucessão de Câmara.

Continua depois da publicidade

Cabral, nome escolhido pelo PSB, pontua mal nas pesquisas de intenção de voto, mas o partido aposta na popularidade do governador para impulsionar o candidato.

Apesar do avanço na negociação em Pernambuco, o PSB ainda apresenta fortes resistências à ideia de criar uma federação com o PT para as próximas eleições.

Esse tipo de união partidária é um modelo novo que determina a formação de blocos pelas legendas por um período de quatro anos - incluindo a participação conjunta em todas as disputas eleitorais desse tempo.

Continua depois da publicidade

Os petistas acreditam que uma federação de partidos de esquerda (incluindo PSB, PC do B e PV) dariam estabilidade a um possível governo Lula e reduziria sua dependência em relação a partidos do centrão.

Os socialistas, no entanto, acreditam que esse acordo pode prejudicar planos eleitorais futuros, como o lançamento de candidatos nos estados e municípios em que o PT também tem interesses próprios.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados