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Cotidiano
Anderson Soares Furtado Oliveira foi exonerado nesta terça-feira (25)
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Fachada Inep | Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
O diretor de Avaliação da Educação Básica (Daeb) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Anderson Soares Furtado Oliveira, deixou o cargo nesta terça-feira (25).
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A exoneração, a pedido, foi publicada no Diário Oficial da União. Servidor de carreira, ele estava no cargo desde maio do ano passado, mas foi oficializado em julho.
Sua sucessora será Michele Cristina Silva Melo, diretora de Estudos Educacionais do órgão desde o ano passado. Em dezembro, ela foi indicada como eventual substituta do presidente do Inep, Danilo Dupas Ribeiro.
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A saída de Oliveira ocorre em meio a uma série de trocas no órgão responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - o diretor de Avaliação da Educação Básica é quem coordena a prova.
Na semana passada, o diretor de Gestão e Planejamento, Alexandre Avelino Pereira, também foi exonerado.
Novas trocas no alto comando do órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC) já eram esperadas.
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Neste caso, a demissão está relacionada com a crise que eclodiu no órgão em novembro passado, como o jornal Folha de S.Paulo mostrou.
A avaliação das lideranças do Inep é de que Pereira fez parte de resistências dentro do órgão para atender planos do governo, como a tentativa de terceirizar o banco de itens das avaliações.
A diretoria de Gestão e Planejamento é responsável, entre outras coisas, pela logística de exames, como o Enem.
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A demissão de Pereira ocorreu após o fim da aplicação da edição de 2021, cuja reaplicação da prova acabou no último domingo (16).
Às vésperas do Enem de 2021, o Inep passou por uma crise histórica, com a debandada de servidores de postos-chave, denúncias de interferência no conteúdo do exame e de assédio moral.
No mesmo mês em que foi aplicado o Enem, 35 servidores do Inep pediram demissão.
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Metade deles foi nomeada para os cargos de chefia já durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na pedido, citam a "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep [Instituto nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais]".
Funcionários do Inep denunciaram tentativa de interferência ideológica no conteúdo do Enem no ano passado.
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À época, após as demissões, Bolsonaro disse que a prova teria a cara do governo e ocorreria na "mais absoluta tranquilidade".
Este ano será o primeiro com questões elaboradas inteiramente durante a gestão Bolsonaro. No ano passado, especialistas ainda consideraram a prova equilibrada.
Principal porta de entrada de estudantes no ensino superior, o Enem já tem data marcada neste ano. Ele será aplicado em 13 e 20 de novembro, segundo o Ministério da Educação.
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Dupas foi acusado pelos servidores de promover desmonte no órgão, com decisões sem critérios técnicos, e também de assédio moral, segundo denúncia da Assinep (Associação de Servidores do Inep).
Ele foi levado ao cargo pelo atual ministro da Educação, Milton Ribeiro, de quem é próximo.
Desde o começo do governo Bolsonaro, a educação passa por turbulências. Dupas é o quarto no comando no Inep.
Já Ribeiro é o terceiro ministro, sucessor da polêmica gestão do olavista Abraham Weintraub, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pré-candidato ao governo de São Paulo.
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