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Cotidiano
Entidades de servidores organizaram um protesto para pedir reajuste salarial de até 28,15% ao governo Jair Bolsonaro (PL)
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão | Alan Santos/PR
No dia em que entidades de servidores organizam um protesto para pedir reajuste de até 28,15% ao governo Jair Bolsonaro (PL), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que não há espaço no Orçamento para contemplar a demanda das categorias.
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O vice também não descartou que o governo recue do compromisso de fazer uma correção salarial apenas para policiais, como prometeu Bolsonaro.
"Você sabe muito bem que não tem espaço no Orçamento para isso", disse Mourão, ao chegar no gabinete da vice nesta terça-feira (18).
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Questionado se o reajuste seria então apenas para categorias específicas, como profissionais de segurança e agentes saúde, o vice declarou que Bolsonaro ainda não tomou uma decisão sobre o tema.
"Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí. Não sei, vamos aguardar. O presidente não bateu o martelo nisso aí ainda. O espaço orçamentário é muito pequeno".
Bolsonaro deve decidir sobre o tema na análise de possíveis vetos ao Orçamento de 2022.
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O movimento das entidades do funcionalismo público por reajuste ganhou força após o presidente prometer verba apenas para policiais.
O porcentual reivindicado de 28,15% é buscado por representantes da elite do funcionalismo, e não é consenso entre as demais categorias.
A cada ponto percentual de aumento, de acordo com estimativa da equipe do ministro Paulo Guedes (Economia), o custo aos cofres públicos de uma atualização é de R$ 3 bilhões. O montante reivindicado, se hipoteticamente fosse obtido, seria de R$ 84,45 bilhões. O Orçamento de 2022 prevê apenas R$ 1,7 bilhão.
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Após a mobilização desta terça, que tem caráter de alerta e é considerada determinante para avaliar a resposta do governo e os próximos passos que podem incluir uma greve, as entidades vão esperar uma sinalização do Executivo. Caso nada mude até o começo de fevereiro, o movimento deve se intensificar.
Nesta terça, as entidades dizem esperar boa adesão aos atos, mas afirmam que o movimento pode ser limitado por fatores como o crescimento dos casos de Covid-19, em razão da ômicron, e o período de férias.
Os grupos já falam até em novas mobilizações para o dia 2 de fevereiro – quando recomeçam os trabalhos no Congresso Nacional e no STF (Supremo Tribunal Federal).
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